PUBLICIDADE

Vedoin entrega na CPI Sanguessuga provas contra 90 parlamentares

PUBLICIDADE

O empresário Luiz Antonio Vedoin, dono da Planam, empresa que fraudava a compra de ambulâncias por prefeituras a partir de emendas orçamentárias, apresentou nesta sexta-feira provas consideradas “robustas” contra grande parte dos 90 parlamentares citados como envolvidos nas fraudes. Ele também detalhou a relação de um ex-assessor do senador Ney Suassuna (PMDB-PB) com o esquema e prometeu apresentar novas provas na próxima terça-feira (8).
Segundo o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), sub-relator de Sistematização e Controle da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Sanguessugas, ao longo do depoimento de mais de seis horas o empresário “ofereceu, mais uma vez, provas e informações complementares que só fizeram reforçar a participação de parlamentares no esquema”.

Acareações
Participaram da reunião, além de Sampaio e Vedoin, o relator da CPMI, senador Amir Lando (PMDB-RO). Nos primeiros 20 minutos do encontro, houve uma acareação entre Vedoin e Ronildo Medeiros, cuja empresa também estaria envolvida com a “máfia das ambulâncias”; e Marcelo Cardoso de Carvalho, ex-assessor de Suassuna, acusado de receber propina do esquema. A acareação, no entanto, foi “infrutífera”, segundo Lando e Sampaio, porque todos os participantes mantiveram suas versões anteriores, ainda que fossem contraditórias entre elas.
As declarações de Vedoin isentaram alguns parlamentares citados anteriormente por envolvimento com as fraudes. “Infelizmente, é uma minoria”, declarou o sub-relator. Ele não quis citar quantos serão isentados de culpa no relatório final dos trabalhos, previsto para ser apresentado no próximo dia 10. “Na verdade, existem três categorias. A primeira é a dos parlamentares contra os quais existem provas robustas e consistentes; uma segunda, em que temos algumas diligências a serem desenvolvidas pelo próprio relator; e uma terceira, que infelizmente é a menor, na qual os parlamentares foram inocentados e realmente não há nenhum indício de participação”, explicou.

Quebra de sigilos
Acusado de ser beneficiado com R$ 225 mil do esquema, Marcelo Carvalho disse que os recursos que recebeu foram referentes à venda de um barco ao dono da Planam, que ainda estava sob seus cuidados. “É uma versão que a mim não convenceu”, afirmou Sampaio. “A acusação de Vedoin [que apresentou comprovante de que os recursos seriam referentes ao pagamento de propina] é muito mais consistente”, acrescentou.
Diante das versões contraditórias, Lando disse que pode partir para a quebra dos sigilos bancários dos assessores. As informações, no entanto, não chegariam à CPMI antes da conclusão do relatório final. “As investigações vão continuar depois da apresentação do relatório”, concluiu.
Questionado sobre o pequeno número de parlamentares participantes da reunião desta sexta-feira, Sampaio disse que outros integrantes da CPMI foram procurados, mas apenas ele e Lando estavam em Brasília.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Novo município no Nortão enfrenta dificuldades no 1º ano

Boa Esperança do Norte, o município mais jovem de...

Prefeito de Peixoto de Azevedo amplia horário de funcionamento de órgãos municipais

O prefeito Nilmar Paulistinha (União), de Peixoto de Azevedo,...

Mais de 5,3 mil indígenas são beneficiados pelo programa SER Família em Mato Grosso

Famílias indígenas de diversas etnias de Mato Grosso estão...

Governo Federal atualiza valor de imposto para microempreendedores individuais

O valor do imposto de arrecadação do Simples Nacional...
PUBLICIDADE