Depois da decisão polêmica de apoiar a reeleição do governador Blairo Maggi (PPS-MT), o Partido Verde do Mato Grosso recuou. A sigla pediu oficialmente ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a saída da coligação de Maggi na quinta-feira (27/7).
O partido teve de estender seu apoio, dado inicialmente apenas ao candidato ao Senado Jaime Campos (PFL-MT), também ao governador por conta da lei da verticalização.
A Executiva Nacional do partido chegou a cogitar a expulsão de integrantes do PV do Mato Grosso devido ao apoio a Maggi, conhecido como “rei da soja” no Estado.
No ano passado, o governador ganhou o “Motosserra de Ouro”, prêmio da ONG Greenpeace ao suposto maior responsável pelo desmatamento da floresta amazônica. Ele nega ter promovido desmatamento.
“O partido orientou a não dar apoio ao governador. Eles, por inexperiência, ou sei lá o quê, não seguiram”, disse o presidente nacional do PV, Luiz Penna, ao UOL.
Para o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ), a inclusão do PV na coligação de Maggi significou colocar a sigla “no ridículo”, dentro e fora do país.
“Esse apoio estava proibido pelo partido. Não aceitamos coligação com quem representa a devastação das matas. Se não saíssem da coligação, acabariam expulsos”, criticou.
Segundo o presidente do PV do Mato Grosso, Aluizio Leite, o partido decidiu manter o apoio formal ao candidato governista a senador, o ex-prefeito Jaime Campos (PFL).
“Nos aliamos (ao governador) por força da circunstância. Mas voltamos para o que havia sido deliberado em nossa convenção estadual”, disse.