A Piracema 2006/2007 começa a ser debatida em reuniões que estão sendo realizadas no Auditório Pantanal, na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Uma das metas é unir o período de proibição de Mato Grosso com o calendário da Piracema de Mato Grosso do Sul (MS). Também estão sendo debatidas novas proibições para os poucos pescadores que receberão autorização para a pesca de subsistência e os tipos de apetrechos que vão entrar na lista das proibições.
Entre os participantes da reunião que começou ontem e termina na tarde desta quarta-feira, estão técnicos do Ibama, da Sema, Polícia Ambiental, representantes e presidentes de Colônias de Pescadores e da Secretaria Especial de Agricultura e Pesca (Seap).
A harmonização da Lei de Pesca referente à Bacia do Alto Paraguai entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul também é um dos temas da reunião, segundo a bióloga Edilaíne Theodoro, Coordenadora de Fauna e Recursos Pesqueiros da Sema.
Outro ponto de discussão é a questão da conscientização, uma das armas que podem ser usadas pelos órgãos ambientais para coibir a pesca predatória nos dois Estados. “Como não podemos colocar um fiscal para cada pescador, principalmente para cada turista, temos que agir com os meios que temos. Um deles é aplicar a lei. Antes, no entanto, vamos que ter apelar para a conscientização de todos, já pensando no futuro, é claro”, destaca Edilaíne.
A bióloga lembra da Piracema do ano passado que começou em dois de novembro de 2005 e foi até o dia 28 de fevereiro deste ano, datas que podem se repetir também na Piracema 2006/2007.
Uma das discussões mais acirradas está em torno dos apetrechos que vão entrar na lista das proibições na Piracema 2006/2007. A maioria quer que os pescadores autorizados a retirar os peixes do rio para alimentação o façam apenas com anzol simples, de linha e mão. As divergências neste sentido são lideradas pelos representantes dos pescadores. As discussões continuam esta tarde.