Um grupo de trabalho formado ontem, durante uma reunião do Comitê da Associação de Desenvolvimento Regional para Conclusão da BR-163 (Comitê BR-163), em Sorriso, deve cobrar novamente em Brasília, na semana que vem, a agilização no processo para conclusão da pavimentação da BR-163 até Santarém (PA). Eles querem que o governo comece logo a pavimentação de aproximadamente 900 km entre a divisa de Mato Grosso e o porto para que a safra agrícola e a madeira do Nortão sejam escoados por esta rota gerando uma economia aproximada de US$ 30/tonelada de frete, além do transporte ser bem mais rápido em comparação com os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR).
A comissão ( com produtores, empresários e lideranças de outros segmentos) deve participar de audiências nos Ministérios do Meio Ambiente e Transportes, Casa Civil e Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT). O presidente do comitê, Jorge Baldo, disse que será mais uma iniciativa para buscar o fortalecimento da região.
A realização de um novo caminhonaço com soja para embarque até Santarém não foi descartada pelas lideranças, mas ainda deve ser estudada. Baldo argumentou que o comitê vai apoiar qualquer manifestação em prol a pavimentação da rodovia, mas descartou a iniciativa da associação em realizar o caminhonaço, como em 2002.
Ele enfatizou que, neste momento, a prioridade é fortalecer as negociações e buscar mais recursos para a região, que beneficiem também outras áreas como a construção de travessias e trevos nos municípios cortados pela BR-163, regularização do lixo urbano e de assentamentos.
A pavimentação da BR-163 fortalecerá o escoamento da safra do Nortão, onde é produzida grande parte da safra brasileira de grãos, pelo porto de Santarém, com menos custos e maior rapidez.
Cerca de 54 km entre Guarantã até a divisa com o Pará tiveram a ordem de serviço no início do mês, entre um parceria do Governo Estadual e Federal.
(Atualizada às 10:21hs)