O empresário Darci José Vedoin, dono da Planam, empresa acusada de operar o esquema de venda superfaturada de ambulâncias compradas com verbas do Ministério da Saúde a partir de emendas parlamentares ao Orçamento da União, passou pouco mais de 10 horas depondo nesta terça-feira. A audiência de interrogatório de Vedoin iniciou às 9h20 e encerrou às 19h30. A audiência foi conduzida pelo juiz Jeferson Schneider.
Darci José Vedoin é acusado de vender mais de mil ambulâncias superfaturadas à União. Ele não quis quis falar com a imprensa ao chegar na 2ª Vara da Justiça Federal mas seu advogado garantiu que ele vai colaborar com a investigação. Antes do depoimento, a expectativa era de que ele se mantivesse calado.
A ex-assessora do Ministério da Saúde e também ex-funcionária da Planam Maria da Penha Lino, considerada peça-chave do esquema, prestou na segunda-feira o depoimento mais longo até o momento. O interrogatório iniciou às 9h20 e só terminou às 2 horas da madrugada de hoje. A advogada de Maria da Penha, Sandra Cristina Alves, afirmou que irá colaborar com a Justiça para conseguir os benefícios da delação premiada, já que sua cliente foi a testemunha que desencadeou as investigações.
Ao ser presa, Maria da Penha disse que parlamentares receberam propina para beneficiar o esquema. No entanto, a defesa sugeriu que Penha mude seu depoimento. “Não tem como afirmar se um deputado ou outro tenha participado do esquema”, disse.
Após ouvir Vedoin, Schneider passou a conduzir o interrogatório de Ivo Marcelo Spínola da Rosa. O magistrado, porém, redesignou para esta quarta-feira, dia 21, às 9 horas, a audiência de interrogatório de Ronildo Pereira Medeiros e para o dia 26, segunda-feira, também às 9 horas, o interrogatório de Luiz Antônio Trevisan Vedoin. Estão mantidas as audiências de Enir Rodrigues de Jesus, Maria Loedir de Jesus Lara e Francisco Rodrigues Pereira, marcadas para esta quarta-feira, a partir das 14 horas, segundo informou a assessora de imprensa Almerinda Barros, da Justiça Federal.