O PPS caminha para a montagem de uma mega-aliança partidária em Mato Grosso. Esta coligação vem provocando um grande rebuliço no quadro político do Estado. O PSDB dificilmente terá um candidato ao governo do Estado. Mas isso não significa que Blairo Maggi se elegerá por W/0. É que o PT vai para a disputa com a senador Serys Marly. Ela aliás vem tentando o apoio de partidos nanicos em sua pretensão, como o PL, que tem pouca expressão dentro do Estado e garante que poderá vencer o pleito. Sua plataforma para buscar a vitória é colocar no Palácio Paiguás, uma equipe eclética com 50 % do secretariado formado por mulheres.
Se o PT já tem seu candidato para concorrer contra Blairo, o PDT, que até recentemente fazia parte do arco de alianças do governador se viu obrigado a mudar de postura. É que nesta segunda-feira o partido a nível nacional lançou o nome do senador Cristovam Buarque à presidência da República. Diante deste quadro, o partido a nível estadual vive um dilema interno.
Uma ala do PDT já começa a defender o lançamento de candidatura própria ao Estado. O nome mais cotado é do sojicultor Antônio Piveta, que até o início deste ano era secretário e homem forte de Blairo Maggi dentro do governo.
Mas Piveta não encontrou o respaldo de uma ala forte do próprio partido. Erai Maggi, candidato ao Senado Federal e primo de Blairo Maggi não aceita que o PDT tenha candidato ao governo do Estado. Com o apoio do deputado estadual Carlos Brito ele defende uma aliança branca com o governador. “Acredito que com o apoio do governador teremos muito mais chances de eleger um número maior de deputados estaduais, de brigar por algumas cadeiras na Câmara Federal e de fazer o senador”,diz Erai Maggi
A mega aliança costurada pelo PPS de Blairo Maggi com o PFL, que terá o ex-governador Jaime Campos como candidato ao Senado Federal, do PTB e do PP e com a possibilidade de contar com o PMDB que poderá indicar quem será o vice-governador na chapa majoritária poderá significar a pá de cal no PSDB de Mato Grosso, que até a quatro anos atrás era tido como o maior partido dentro do Estado.
Esfacelado o PSDB que tentou uma aliança com o PFL e não conseguiu e depois procurou o PMDB também não conseguindo um acordo, corre o risco de não ter candidato para a disputa ao Governo do Estado. O único nome que aparece, mas mesmo assim com pequena possibilidade é o de Rogério Sales, ex-prefeito de Rondonópolis e que chegou a ficar nove meses como governador, quando Dante de Oliveira se desincompatibilizou para disputar uma vaga ao Senado Federal e foi derrotado.
O partido parece não ter forças e nem disposição para brigar contra Blairo Maggi ao Palácio Paiaugás. Seu único interesse é tentar garantir a reeleição de Antero Paes do Barros ao Senado Federal. E, mesmo assim, mostra-se enfraquecido.
Diante do esfacelamento, a esperança principal é tentar convencer o candidato do partido à presidência da República, Geraldo Alckimin à tentar puxar o maior número de votos para Antero. “Vamos montar um palanque para o Alckimin em Cuiabá. Temos certeza que outros partidos estarão apoiando esta candidatura. É a partir daí que vamos procurar puxar o maior número de votos para o Antero e garantir a sua reeleição”, disse um tucano de alta plumagem.