Discutir alternativas para que pequenos produtores de leite de Sinop, principalmente da comunidade Selene, possam continuar comercializando seus produtos conforme o que determina a normativa 051/2002, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA). Este foi principal assunto discutido entre o assessor do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Mato Grosso (Sindilat/MT), Eldor Sontag, a vereadora Sinéia Abreu (PSDB), o ex-vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (FIEMT), Carlos Avalone e o técnico agrícola da Secretaria Municipal de Agricultura Beno Kaiser. A reunião foi na quinta-feira (01), em Sinop.
A normativa trata sobre a proibição da comercialização de leite in natura, ou seja, não pasteurizado, que hoje é o principal produto comercializado pelos produtores da comunidade. Segundo a vereadora, buscar alternativas para manter o funcionamento do laticínio, montado pela comunidade, será a meta dos técnicos. “Como a vigilância irá começar a fiscalizar a comercialização de leite in natura, decidimos buscar formas para que a comunidade continue mantendo o laticínio que hoje é uma das principais fontes de renda de muitos produtores daquela região”, destacou a preocupação a vereadora.
Para isso, na próxima quarta-feira (7), será realizada uma reunião com os produtores da comunidade Selene na qual serão discutidos meios para manter o funcionamento da fábrica. Entre as sugestões apontadas pelo assessor, durante a reunião com a vereadora, estão a construção de um posto de resfriamento, ou uma envasadora de leite ou ainda a ampliação do laticínio. “Vamos discutir com os produtores qual será a melhor forma para que possam continuar com a produção, pois sabemos das dificuldades e não queremos que tenham prejuízos com a aplicação da normativa”, ressaltou Sinéia. Carlos Avalone colocou a FIEMT a disposição para auxiliar os trabalhos.
A normativa entrou em vigor, em caráter educativo, em julho de 2005, e passou a ser aplicada pela Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa) e órgãos estaduais e municipais. A partir de agora a vigilância sanitária do município irá fiscalizar a comercialização do leite in natura.