Os partidos de oposição PPS, PV e PSOL devem ingressar hoje com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar garantir a instalação da “CPI das Sanguessugas”.
Os líderes partidários querem, por meio de uma mandado de segurança, pressionar os comandos da Câmara e do Senado a instalar a CPI –que irá investigar o desvio de recursos do Orçamento da União por meio da compra superfaturada de ambulâncias.
“Entrar com mandado de segurança é alternativa para pedir a instalação imediata da CPI. Ao terceirizarem o processo ficou claro que não havia intenção de tomar providências”, afirmou o deputado Raul Jungmann (PPS-PE).
Porém, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) defende o que chama de “solução intermediária”. Na opinião dele, o ideal é que seja criada uma comissão externa coordenada pelo deputado Roberto Magalhães (PFL-PE) –que integrou a CPI dos Anões, que também investigou o envolvimento de parlamentares em irregularidades cometidas no Orçamento Geral da União– e o fim do voto secreto nas votações das cassações.
Paralelamente, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ainda examina o pedido de abertura da CPI da Máfia das Ambulâncias. Nos bastidores ele já confirmou que não pretende instalar a comissão.
Para a líder do PT na Casa, senadora Ideli Salvatti (SC), não há “clima” político para instaurar a comissão. Já o presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL-PB), faz avaliação oposta. Segundo ele, basta boa vontade para instalar a CPI.