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11º acusado de envolvimento no mensalão é absolvido na Câmara dos Deputados

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O plenário da Câmara dos Deputados absolveu nesta quarta-feira o deputado Vadão Gomes (PP-PE), acusado de receber R$ 3,7 milhões do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como o operador do suposto esquema conhecido como “mensalão”. Com isso, são 11 os deputados absolvidos de acusações de envolvimento com o “valerioduto”. Três foram cassados e quatro renunciaram ao mandato.

O resultado foi confirmado com 168 votos a favor da absolvição, pois, pelo número de deputados que votaram, o total de 257 votos pela cassação não seria atingido. Foram 243 votos “sim”, 161 votos “não”, 16 abstenções, 4 votos brancos e um nulo. O total de votantes, 425 deputados, foi o menor quorum do plenário já registrado.

Para Vadão Gomes, o resultado não foi uma surpresa, pois ficou “mais do que confirmado” que ele não teve nenhum participação em todo o episódio de Marcos Valério.

Acusação
O relator Eduardo Valverde (PT-RO), que recomendou o arquivamento da representação contra Vadão Gomes, considerou contraditórios os depoimentos de Marcos Valério, que inicialmente havia afirmado que depositara o dinheiro na conta de uma das empresas de Vadão e depois apresentou outra versão, segundo a qual o dinheiro teria sido entregue pessoalmente ao deputado, em um hotel em São Paulo.

“Chama a atenção o fato de que Marcos Valério, que sempre se mostrou extremamente organizado, lembrando-se de detalhes de encontros, não tenha conseguido nem ao menos lembrar o nome do hotel em que teria feito o pagamento”, disse o relator.

Defesa
Na defesa, Vadão Gomes afirmou que nem ele, nem suas empresas receberam dinheiro de Valério. Ele considerou injustas as acusações de que seria um dos beneficiados pelo esquema do “mensalão”. “Sempre acreditei no senso de justiça dos que me julgariam e tenho certeza de que contarei, no plenário, com a mesma isenção e senso de justiça. As conclusões do Conselho de Ética falam por si só”, disse o deputado no plenário, em pronunciamento de poucos minutos.

Indignação
O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar, reagiu com surpresa e disse que, mais uma vez, está indignado com a atitude do plenário. “A gente trabalha um ano, ouve testemunhas, recolhe provas, mas, infelizmente, a mudança dos deputados no Conselho de Ética ajudou a proporcionar mas uma vez um resultado como este”, afirmou.

Izar alegou que todos os deputados acusados estão passando por processos no Ministério Público e, por isso, estão sendo punidos de alguma forma. “Espero que sejam punidos também pela população nas eleições de outubro”, finalizou.

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