Os servidores da Justiça Eleitoral em Sinop podem aderir ao movimento dos servidores públicos federais grevista iniciado na capital e, a partir de amanhã, podem suspender as atividades. “Até amanhã provavelmente já teremos um posicionamento sobre a paralisação” informou o funcionário do cartório sinopense.
Nesta quinta-feira haverá assembléias para definir se haverá adesão em Sinop, inclusive na recém-instalada vara da Justiça Federal em Sinop, que entrou em funcionamento há menos de um mês. “Amanhã nos reuniremos para decidir se vamos aderir,”diz o diretor da subseção de Sinop, Fabio Paz Miranda.
Os funcionários do Tribunal do Trabalho de Sinop, ao contrário dos da capital, disseram que não pretendem aderir ao movimento, pelo menos por enquanto.
A paralisação no TRT e TRE foi decidida ontem, em assembléia realizada em Cuiabá. Eles aderiram ao movimento grevista dos servidores do Ibama, Incra e Justiça Federal, deflagrado na última segunda-feira, mas os órgãos do interior ainda não receberam nenhum comunicado oficial sobre a greve. Em Sinop, o Incra não pára por que todos os funcionários são contratados pela refeitura e apenas cedidos ao órgão.
Os servidores do Judiciário querem a aprovação do projeto da lei que propõe a reestruturação da carreira através de um o Plano de Cargos e Salários (PCS). Segundo eles, desde 2004 os servidores dos órgãos dos três poderes da Justiça Federal estão sem recomposição salarial.
Em 2003 o governo federal concedeu um aumento de 1% e um abono de R$ 59, mas desde então, não vem cumprido a lei que estabelece reposição salarial anual dos servidores públicos federais.
No Incra, é reivindicado reposição salarial e a incorporação de 100% da gratificação denominada Gedara, na avaliação do desempenho dos servidores. A cada seis meses o servidor teria que passar por uma avaliação e aquele cujo desempenho não atingisse os pontos necessários teria o benefício cortado e também seria obrigado a devolver o dinheiro que recebeu durante o semestre.