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Prefeitos avaliam o movimento “Grito do Ipiranga”

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O presidente da União dos Municípios do Vale do Teles Pires, e prefeito de Paranaíta, Pedro Alcântara (Pedro Porta Aberta), informou que os prefeitos aderiram a paralisação por três dias, em solidariedade ao movimento “Grito do Ipiranga”, tendo a situação atual do Agronegócio na região. A União integra os municípios de Alta Floresta, Carlinda, Nova Monte Verde, Nova Bandeirantes e Paranaíta. Pedro ressaltou que a arrecadação dos municípios vem sendo afetada devido a crise no setor agrícola. “Mato Grosso que tem como mola mestra de seu desenvolvimento o agronegócio, que passa por uma situação delicada. O setor produtivo desta vez, foi ao fundo do poço e não restou outra alternativa a não ser promover uma mobilização em massa” disse ele.
O prefeito ressaltou que depois de inúmeros apelos as autoridades políticas, a decisão dos produtores foi o fechamento de rodovias com protestos a falta de uma política agrícola condizente com a realidade do Estado. Segundo ele, através de decretos baixados nos municípios, as prefeituras fecharam as portas e retornam as atividades somente na segunda-feira. “Esperamos que Governo Federal dê uma resposta ao movimento desencadeado em todo o Estado” alertou.

Pedro Porta Aberta lembrou ainda que todos os municípios do Vale do Teles Pires, dependem do setor madeireiro, que passa pela maior crise de sua história na região. Além disso, nos últimos meses, a pecuária extensiva também está em crise com a desvalorização do preço da carne, o que vem se tornando cada vez mais inviável ao trabalhador do campo.“A região foi totalmente atingida pela crise do agronegócio. É inadmissível assistirmos o fechamento de empresas em nosso município, e como maior conseqüência o aumento do desemprego, colocando as famílias em total desespero” observou o prefeito.

Cerca de 95% das prefeituras de todo o Estado fecharam as portas em apoio ao movimento deflagrado pelos produtores rurais, liderado pelos Sindicatos Rurais, Associação dos Produtores de Soja e Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato). Os prefeitos decretaram a paralisação, mas mantiveram os serviços essenciais à população. Foram suspensas todas as atividades e serviços dos órgãos públicos, com exceção das escolas municipais, que obedecerão ao calendário normal de aulas e do plantão da secretaria de Saúde. A paralisação representou um gesto de solidariedade e de apoio à classe produtora em todo o Estado.

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