“Ninguém é louco de fazer empréstimos de R$ 15,4 milhões. As afirmações de Arcanjo são mentirosa. Nunca assinei cheque algum com as empresas dele. São 22 notas no valor de R$ 720 mil cada um. Será que não iriam cobrar isso? Vocês me conhecem e conhecem também o Arcanjo. Ele tem de provar onde o dinheiro entrou e saiu. Nunca houve esta operação”. Foi desta forma que o deputado estadual José Geraldo Riva (PP), primeiro secretário da Assembléia Legislativa reagiu as afirmações do presidiário João Arcanjo Ribeiro de que juntamente com o deputado estadual Humberto Bosaipo (PFL) deve mais de R$ 15 milhões para o ex-chefão do jogo do bicho em Mato Grosso.
Tranquilo, o deputado estadual José Geraldo Riva chamou a imprensa para explicar o que chama de verdade na questão de notas promissórias e cheques que são cobrados publicamente pelo presidiário João Arcanjo Ribeiro. Riva explicou que em 2002 era o presidente da Assembléia Legislativa e Humberto Bosaipo o primeiro secretário. Segundo ele o que houve foram apenas garantias dadas a fornecedores com a Real factoring, uma das empresas de fomento de Arcanjo, que eram consideradas como empresas de fachada para limpar o dinheiro sujo.
“É preciso trazer a verdade. A dívida colocada por Arcanjo nunca existiu e nunca foi contraída. Estas notas promissórias eram cheques calções emitidas pelas pessoas físicas de Riva e Bosaipo”, disse o deputado, lembrando que Nilson Teixeira, na época contador de Arcanjo e que também está preso disse na Polícia Federal que “as notas foram dadas como garantia para possíveis negócios com fornecedores. Em nenhum momento estas notas foram usadas”, ressaltou. O deputado foi mais além ao dizer que “a Confiança factoring possui registro de contabilidade de que terceiros teriam negociados com a Real Factoring. Garantias dadas como pessoas físicas foram em prol da Assembléia Legislativa com seus representantes”, confirmou.
José Geraldo Riva procurou uma afirmação do ex-contador de Arcanjo para lembrar que o bicheiro e seus funcionários eram negligentes. “O próprio Nilson declarou no inquérito que “não foram resgatados os cheques por negligência da própria factorring. Em várias oportunidades cobrei isso mas sempre recebi a informação de que estavam providenciando o resgate”, explicou.
O deputado estadual disse que esperava que Arcanjo, hoje hóspede ilustre na Penitenciária de Pascoal Ramos fosse homem para falar a verdade. “Esperava que Arcanjo falasse a verdade. As notas não são da Assembléia Legislativa. São de Riva e Bosaípo. Sempre pedi e recebia como resposta estou preocupado com a promissórias, cade as notas”? indagou.
José Geraldo Riva disse que encontrou com Arcanjo em cinco ou seis oportunidades e nunca pediu nada. “Vou pedir auxilio do Ministério Público para checar as contas dele (Arcanjo), Riva e de Bosaípo. O que houve foi apenas uma garantia às notas de fornecedores. “Nunca tive, nunca vendi ou comprei nada de Arcanjo. Não tenho motivo para ser amigo ou inimigo desta pessoa”, finalizou.