Prefeitos de Mato Grosso fizeram uma avaliação positiva da IX Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, realizada de 25 a 27 de abril. Mais de 50 prefeitos do estado participaram do evento, liderados pelo presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios – AMM, José Aparecido dos Santos. “Saímos otimistas de Brasília e aguardando o atendimento em breve dos principais itens da nossa pauta de reivindicação”, salientou Cidinho, destacando a importância do aumento de 1% do Fundo de Participação dos Municípios.
O prefeito de Matupá, Valter Miotto Ferreira, considera que há uma consciência da Bancada Federal e também do governo em relação aos problemas dos municípios. “Isto ficou claro desta vez com o compromisso dos parlamentares em votar as questões de interesse dos municípios”, frisou, destacando que a questão do Fundeb também avançou.
O prefeito de Itaúba, Levino Heller, frisou que as reivindicações dos prefeitos já apresentam resultado favorável. A pauta que foi entregue aos ministros e parlamentares é extensa. “Acho que temos nos mobilizar sempre para alcançar nossos objetivos. Para que nossa luta tenha efeito favorável aos municípios, temos que brigar em bloco e nunca de forma individual”, assinalou.
O prefeito de Vera, José Nilton dos Santos, lembrou que é a segunda vez que participa da Marcha em Defesa dos Municípios. Na sua avaliação, este ano, o presidente da República, garantiu o que os prefeitos mais esperavam: a votação do FPM. “Esta foi a maior conquista, além de outros pontos essenciais da pauta em prol dos municípios. Nosso município vem sofrendo com as conseqüentes quedas na receita. Houve um avanço também na área de educação, com aumento de recursos da merenda escolar, além das linhas de créditos para financiamentos e negociação da divida ativa. Creio que é a salvação de muitos municípios”, alertou.
O prefeito de Claudia, Altamir Kurten, ressaltou que a expectativa dos municípios é de sempre aprimorar os serviços e prestar um bom atendimento `a comunidade. “Para que isto aconteça, temos que nos mobilizar sempre. Brasília concentra a maior parte da receita do bolo tributário. 60% do que se arrecada vai a União e 25% para o Estado. O município fica apenas com 15%. É muita diferença para quem tem que arcar com os maiores custos administrativos”.
A prefeita de Apiacás, Silda Kochemborger, disse que os prefeitos estão mais confiantes, principalmente agora com mais empenho dos deputados e senadores na causa do municipalismo. Na sua avaliação, os municípios vão ser beneficiados com os avanços ocorridos em Brasília. “Os prefeitos carregam o maior peso de responsabilidade, pois nos municípios é que ocorre o atendimento na base e onde as cobranças são maiores devido aos problemas relacionados à educação, saúde e o transporte. Esperamos a votação do aumento do FPM seja acelerada devido à queda da receita nos municípios”, alertou.
A prefeita de Peixoto de Azevedo, Cleuseli Missassi Heller, adiantou que o aumento em 1% do FPM vai representar muito para o seu município. Segundo ela, graças à organização dos prefeitos em Brasília, é que a luta tem resultado. Ela disse ainda que atualmente a estrutura também mudou na Capital Federal. “Antes não tínhamos a quem recorrer em Brasília. Hoje contamos com um suporte fundamental para encaminhar os projetos de interesse dos cidadãos que moram no município. Precisamos suprir as dificuldades, pois convivemos com freqüentes quedas de receita. A população de cidades mais distantes como Peixoto de Azevedo, sofrem mais. A economia de nosso município foi baseada em garimpos, que atualmente não existem mais. Temos que buscar novas alternativas econômicas”, disse ela.