O protesto dos agricultores na região Norte de Mato Grosso está tendo apoio de boa parte dos prefeitos. Em Sorriso, município campeão brasileiro em produção de soja,
o prefeito de Sorriso, Dilceu Rossato, disse que a única saída que os produtores têm para buscar mudanças é fazer protestos. “Hoje, nós agricultores, estamos prejudicados em todos os sentidos e se, continuar assimn, teremos que abandonar nossa atividade”, criticou. Baseado em estudos, o prefeito sorrisense calculou que,”se o dólar estivesse em R$ 3,30 seria rentável plantar (hoje está cotado em R$ 2,11). Hoje um saco de soja vale 7 litros de óleo diesel”, comparou, indignado. A maioria dos produtores não está tendo renda nem para cobrir os custos de produção devido as sucessivas quedas no dólar que derrubam ainda mais a cotação do soja, milho e arroz.
Rossato disse ainda, ao Só Notícias, que a crise na agricultura vem repercutindo, há vários meses, diretamente na arredação de impostos pelas prefeituras. “Aqui em Sorriso estamos perdendo anualmente R$ 10 milhões em receitas”, acrescentou.
O vice-presidente da AMM (Associação mato-grossense dos Municípios) e prefeito de Sinop, Nilson Leitão, considerou de grande importância o objetivo final do movimento que é cobrar do governo federal a mudança urgente na política econômica e serem adotadas medidas agrícolas que realmente resolvam os problemas dos produtores que não suportam mais esperar. “Uma atitude tem que ser tomada urgente pelo governo Lula”, cobrou o prefeito sinopense.
O prefeito de Lucas do Rio Verde, Marino Franz (PPS) também tem manifestado apio ao movimento dos agricultores.