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Conflito interno no PP “estremece” relações com o Governo do Estado

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A inviabilização da candidatura do deputado federal Pedro Henry ao Senado, em função do desgaste pelo envolvimento do seu nome com o esquema do “mensalão”, fez eclodir uma crise dentro do Partido Progressista, com reflexos na aliança governista. Fontes ligadas a sigla revelaram que a questão envolve a acomodação dos nomes para a disputa eleitoral. O pivô seria o deputado Chico Daltro, nome que vem sendo trabalhado para ser indicado pelo PP como candidato a vice na chapa do governador.

Inicialmente, Daltro tinha como certa sua candidatura a deputado federal. Porém, o projeto começou a enfrentar problemas justamente quando Pedro Henry anunciou seu recuo no projeto ao Senado. Dentro do partido, houve uma movimentação no sentido de que o parlamentar federal dispute a reeleição. “Ele ficou preocupado” – explicou. Especialmente porque a questão da vice – que o PP começa a reivindicar – ainda é entendida como indicação pessoal por parte do governador.

Na indefinição, Daltro começou a exigir garantias. Na noite de quarta-feira, numa reunião do partido, o político estadual cobrou uma definição sobre sua situação. Internamente, os líderes do PP consideram como justa a ocupação de uma vaga na chapa majoritária, no caso, a vice. A justificativa é o potencial de votos da agremiação.

Nos próximos dias, o PP deverá se reunir com os articuladores da candidatura de Maggi. E com o próprio Maggi, que vem mantendo as rédeas dos entendimentos em torno do projeto da reeleição. Provavelmente na semana que vem. Até para “acalmar” os ânimos internamente. O objetivo é discutir o espaço que a sigla terá na chapa majoritária. Dependendo da resposta, o PP poderá buscar outras formas de aliança, como, por exemplo, discutir com o PFL e com o próprio PL. “Tudo é possível” – admitiu a fonte partidária.

Nesse caso, problema para o governador Blairo Maggi. Além do conceito de que o vice é uma definição de foro íntimo do candidato a governador, o PTB também acena pedir a vaga de vice. Mas os articuladores palacianos são taxativos: o PP não pode cobrar o que ninguém lhe deve. Ou seja, o entendimento é de que o compromisso do governador com Pedro Henry foi inviabilizado pelas próprias circunstâncias. “O governador chegou a ser aconselhado a abandonar Pedro Henry e ele não o fez. Inclusive, enfrentou problemas com outros partidos por causa de sua lealdade” – comentou uma fonte governamental, ao destacar a participação do PP no Governo.

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