O deputado federal Pedro Henry (PP) acaba de confirmar que não é mais candidato a senador. Henry decidiu abrir mão de seu “projeto político para não prejudicar o grupo”, referindo-se ao partido e a coligação que está sendo formada visando reeleger o governador Blairo Maggi. Desgastado devido ao esquema do mensalão, Pedro Henry foi inserido na lista de 40 políticos denunciados ontem, pela Procuradoria Geral da República e pode responder processo pelo Supremo Tribunal Federal, no esquema apontado como venda de apoio político ao Governo Federal. O procurador, em determinado trecho da denúncia, o procurador geral Antonio Fernando Barros e Silza de Souza faz a seguinte acusação contra Henry e outros dirigentes do PP:”O valor aproximado de R$ 1.200.000,00 foi transferido
aos parlamentares Pedro Corrêa, Pedro Henry e José Janene pela sistemática
de lavagem de dinheiro operacionalizada pela Bônus Banval Participações Ltda e Bônus Banval Commodities Corretora de Mercadoria Ltda, valendo-se da conta da empresa Natimar”.
Na Câmara dos Deputados, Henry foi absolvido. Porém, as denúncias fizeram um estrago em sua imagem e sua pré-candidatura ao senado ficou prejudicada. As mais recentes pesquisas apontavam percentuais modestos de intenções de votos para Henry.
Outro fator que vinha gerando muita discussão na base aliada era a briga pela vaga de senador na coligação de Blairo. O PP tinha acordo com o governador para que Henry, que lhe apoiou no primeiro mandato, fosse o candidato em sua coligação. Mas o PFL também insistiu muito, antes da verticalização, para que Jaime Campos fosse o candidato a senador. O compromisso de Blairo com Henry foi um dos fatores que afastou o PFL do governador, embora o senador Jonas Pinheiro tenha manifestado hoje que apoiará sua reeleição.
A decisão de Pedro Henry, na prática, elimina um problema na base aliada de Blairo. Resta saber se haverá uma ‘saída’ para o PFL driblar a verticalização e estar junto com Blairo, “emplacando” a candidatura de Jaime ao Senado. A coligação entre PPS e PFL só não seria fechada hoje se o PPS mantém candidatura própria a presidente (contra a vontade de Blairo) de Roberto Freire. Se até julho ele desistir, a coligação em Mato Grosso será fechada.