A cúpula do PMDB deve ter uma reunião decisiva nesta quarta-feira. Na pauta do encontro estão as eleições presidenciais e a intenção do partido de lançar candidatura própria para a Presidência da República.
Hoje, o partido está dividido entre defensores da candidatura e os chamados “governistas”, que preferem que a legenda apóie o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, virtual candidato à reeleição.
Os “governistas” tiveram duas vitórias no mês passado: primeiro, a manutenção da regra da verticalização; segundo, a interrupção das eleições prévias para escolha do pré-candidato, que acabou por se tornar uma consulta informal. “A definição só vai sair na convenção de junho. Até lá o partido pode decidir não ter candidatura própria”, disse o presidente do PMDB, o deputado federal Michel Temer (PMDB-SP) à época.
A verticalização ajuda os governistas porque favorece a pressão pelo abandono do projeto de candidatura própria. Sem um representante nas eleições, o partido fica livre no Estado para fazer as coligações partidárias mais adequadas em nível regional. E o candidato vitorioso na consulta informal, o ex-governador Anthony Garotinho, não foi apoiado por diretórios estaduais importantes, como o de São Paulo, que brigava pelo também pré-candidato Germano Rigotto, governador do Rio Grande do Sul.