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Relatório da CPI diz que mensalão existiu e não era caixa dois

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Depois de dez meses de investigação, a CPI dos Correios concluiu que o mensalão existiu e nada tem a ver com despesas não declaradas de campanha eleitoral. O relatório final da comissão diz que houve pagamento de mesada para deputados da base governista.

No documento apresentado hoje o relator Osmar Serraglio (PMDB-PR) contesta a versão apresentada pelos governistas e referendada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na entrevista concedida na França.

Os governistas, durante as investigações, diziam que o pagamento dos recursos servia para honrar compromissos de campanha não contabilizados. No relatório, Serraglio diz não aceitar a versão.

“É reduzir-se em demasia a inteligência dos brasileiros imaginar que será bastante dizer que os milhões não foram distribuídos a parlamentares, mas sim corresponderiam a caixa dois de campanhas”, afirma o deputado no documento.

Como argumentos para dizer que mensalão difere de caixa dois, o deputado diz que há repasse de recursos para deputados em 2003, ano em que não houve campanha, e que os envolvidos não têm comprovantes dos pagamentos de dívidas de campanha. “Minimamente, deveriam ser comprovados tais pagamentos [de caixa dois]. Afora isso, será basófia”, acrescentou Serraglio.

As fontes dos recursos “do valerioduto” seriam os cofres públicos, como o Fundo de Recursos da Visanet, gerido pelo Banco do Brasil, e fontes privadas, como a Brasil Telecom e a Usiminas.

Os empréstimos feitos pelo PT, no valor de R$ 55 milhões, no Banco Rural e BMG seriam “mera formalidade contábil e financeira” para a montagem de “uma farsa” para “mascarar” a origem dos recursos.

Votação

Um pedido de vistas coletivo adiou para terça-feira a votação do relatório final da CPI dos Correios. O presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), disse que assim haverá tempo para o relatório final ser lido por todos os integrantes da comissão.
Depois disso, o texto pode sofrer alterações, já que os parlamentares podem apresentar sugestões de mudança no relatório final.

Uma das possibilidades em estudo pela ala governista é apresentar um relatório paralelo. Esse relatório alternativo livraria a maior parte dos nomes citados no texto original. Outra hipótese é a apresentação de destaques, que podem alterar o relatório original.

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