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‘Exército verde’ em Mato Grosso começa a trabalhar semana que vem

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A partir da próxima semana a secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) ganhará o reforço de 150 agentes ambientais que irão atuar no combate aos crimes ambientais em Mato Grosso. O curso de capacitação dos novos servidores públicos, através do critério de seleção, termina nesta sexta-feira (31) e, a partir de segunda-feira , os integrantes do chamado “exército verde” estarão aptos a trabalhar.

O grupo formado por pantaneiros, ex-caçadores, ex-pescadores, lavradores e ex-garimpeiros, está recebendo aulas ministradas por servidores do departamento jurídico da Sema, com noções básicas sobre legislação ambiental que envolve pesca, extração de madeira e mineração. Eles também recebem orientações sobre educação ambiental e ética, além, é claro, de aulas práticas sobre como agir no combate aos crimes ambientais.

Ao proferir uma rápida palestra aos participantes do curso de capacitação, o secretário de Meio Ambiente Marcos Machado, cobrou postura, seriedade no trabalho e ética dos agentes ambientais. “Com apoio da sociedade organizada e da Assembléia Legislativa, conseguimos aprovar uma legislação moderna, que nos permitiu mudar os rumos do meio ambiente no estado. Temos recursos e estrutura física e de pessoal para atuar, mas o sucesso da secretaria depende muito do empenho dos nossos servidores”, disse o secretário.

Marcos Machado alertou sobre a importância da conduta profissional respaldada no compromisso com o serviço público. “Queremos resultados, pois acabou a época em que o serviço público era visto apenas como um lugar para se ganhar dinheiro e trabalhar pouco. O meio ambiente está vivendo uma nova fase e vocês terão oportunidade de participar desta mudança”, disse ele, acrescentando ainda que 2006 foi escolhido como o ano do meio ambiente em Mato Grosso.

A contratação dos agentes ambientais foi idealizada pelo secretário de Meio Ambiente Marcos Machado, em outubro do ano passado. A idéia era aproveitar pessoas que moram em regiões distantes dos postos de fiscalização para zelar pelo ambiente no próprio local onde residem. Eles contribuem com informações sobre a prática de crimes ambientais aos agentes de fiscalização.

Com um salário de R$ 400 mensais, os agentes ambientais funcionarão como “olheiros” nas regiões onde moram. Ao perceber a prática de um dano ambiental, entrarão em contato imediatamente com a fiscalização ou com policiais ambientais, que por sua vez farão a autuação.

Morador do município de Barão de Melgaço, o ex-pescador Sebastião Silva diz estar empolgado com a nova função. “Meus colegas até me criticaram, chamando-me de ‘dedo-duro’, mas vou defender com muito empenho o meio ambiente. Já faço de tudo para preservar o nosso pantanal e agora irei ganhar por isso. Estou muito contente”, disse o pantaneiro, que só estudou até a 5ª Série primária e em situações normais dificilmente teria condições de ingressar no serviço público, devido à falta de instrução.

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