A audiência das lideranças do Norte de Mato Grosso com o governador Simão Jatene vai começar dentro de instantes, em Belém (PA). A audiência, solicitada pelo prefeito de Sinop e vice-presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Nilson Leitão (PSDB), conta com a presença do prefeito de Sorriso, Dilceu Rossato, do prefeito de Feliz Natal, Manuel Sales, vereadores e lideranças do setor produtivo. O senador paraense Flexa Ribeiro (PSDB) e o ex-governador Dante de Oliveira também estão presentes.
O objetivo é definir uma ação conjunta para viabilizar a destinação de emendas garantindo, no orçamento da União, R$ 52 milhões para construir 72 pontes de concreto ao longo da BR-163, da região Norte de Mato Grosso até o Porto de Santarém.As lideranças vão cobrar de Jatene uma posição política clara sobre a BR-163 e se há disposição de juntar forças políticas para pressionar o Governo Federal a concluir logo a pavimentação da rodovia.
Além das pontes, a comitiva de Mato Grosso expressou preocupação com o atual estado da rodovia, que apresenta vossorocas e erosões que estão comprometendo o tráfego próximo a Itaituba. Nesse município, há um trecho muito ruim, onde vários caminhões costumam ficar atolados nesta época do ano.
A percepção das vantagens de escoar a crescente produção agrícola do Norte de Mato Grosso, pelos portos de Miritituba (próximo à Itaituba) ou Santarém, tornou o asfaltamento da BR-163 uma obra estratégica para o desenvolvimento regional e nacional. Estima-se uma expressiva redução nos custos de transporte da safra agrícola por essa via, em comparação com as principais rotas atualmente utilizadas, que se destinam aos portos de Paranaguá e Santos.
A obra servirá, também, para escoar produtos eletro-eletrônicos da Zona Franca de Manaus, carne, madeira e produtos agro-florestais destinados ao mercado do Centro-Sul do País. A pavimentação da BR-163 é também defendida pelos movimentos sociais na expectativa de que a obra dinamize a economia local de municípios com graves problemas sociais, escassez de emprego, serviços sociais precários e infra-estrutura incipiente.