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Blairo reclama de coligações mas PPS lança candidato a presidente

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“Não temos cenários definidos. E quando não se tem cenários definidos, é melhor optar por nos afirmar, senão vamos perder tudo, até nossa identidade”, disse o deputado Roberto Freire, candidato do PPS a presidente, respondendo ao governador Blairo Maggi no congresso do partido –, de que está enfrentando dificuldade para fechar alianças em Mato Grosso com vistas à sua reeleição, por causa da candidatura própria do partido. Freire disse que candidatos a governador de vários estados e partidos estão na mesma situação por causa da indefinição.

Maggi disse que se resignará à decisão da convenção do PPS e que não reclamará se o nome de Freire for homologado no encontro. O governador assegurou, também, que fez uma administração que honra o nome do partido e que tem entre 60% e 65% das intenções de voto nas próximas eleições, de acordo com pesquisas de opinião realizadas no Estado. “É uma posição confortável, mas não podemos nos acomodar nela; é preciso calçar a botina e trabalhar”, afirmou. O governador lembrou ainda que o PPS é o maior partido do Mato Grosso sem ter, para alcançar essa posição, contado com nenhuma adesão de prefeitos de outros partidos. Todos foram eleitos pela legenda.

Freire disse que “a convivência com o grande negócio, com o grande mercado – no melhor sentido da palavra –, ao mesmo tempo, mantendo os valores do socialismo, é a melhor expressão do PPS de hoje, que defende um mundo diferente deste em que vivemos, mais justo, mais igualitário, mas que quer, também, participar da sociedade atual”. A economia estatizada, disse, foi derrotada, mas os valores e as idéias do socialismo, não. “O socialismo real não soube entender a importância do mercado; precisamos compreender essa realidade, com o sentimento da esquerda que pretende ter compromisso com o futuro”. As forças socialistas que não tiverem capacidade de participar, de entender o mundo de hoje, diz Freire, vão ficar fora da história. “A esquerda democrática tem de levar em conta parceiros como Blairo”. O deputado ressaltou que o PPS “é um partido que pensa e repensa sem patrulhamentos”. O candidato voltou a condenar a política econômica neoliberal e a dizer que PT e PSBD/PFL são duas faces da mesma moeda.

“Que bom que tivemos a coragem de mudar (de PCB para PPS),de romper com um governo de fraude de Lula e que encontramos alguém que se dispõe a vir para um partido como o nosso com o objetivo de ajudar”, disse, referindo-se aos governadores Maggi e Ivo Cassol (Rondônia), que estavam na mesa da sessão plenária do congresso. Freire elogiou o pronunciamento de Maggi que, em discurso, disse que havia decidido não ser mais tachado de maior destruidor da Floresta Amazônica e, por isso, resolveu acabar com uma concorrência de administrações chamando a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) e resolvendo os problemas da exploração ilegal da madeira, com mudanças nas licenças para a retidada delas. O Estado fez ainda uma legislação ambiental avançada para proteger a natureza que é uma das mais belas do Brasil.

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