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Pagot diz que fronteira agrícola dará lugar à fronteira tecnológica

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O secretário chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Luiz Antônio Pagot, defendeu, durante worshop realizado hoje na Assembléia Legislativa, que os governos e a sociedade tenham uma “visão de futuro” no planejamento das formas de escoação da produção e desenvolvimento industrial, da região do Brasil Central. “Precisamos pensar grande, pensar na ferrovia, projetos complementares de hidrovias, rodovias, que certamente serão projetos que darão competitividade aos produtos mato-grossenses”, afirmou.

A implantação do eixo setentrional da ferrovia Norte-Sul, num trecho que ligará Miracema (TO) a Lucas do Rio Verde, foi um dos projetos apresentados no worshop “Desenvolvimento Região Brasil Central”. A previsão é de que a obra tenha uma extensão de 950 km. “O projeto está em fase de licitação. Serão realizadas audiências públicas nos Estados de Tocantins, Goiás e Maranhão e terminado com a discussão na Comissão de Infra-Estrutura do Senado Federal”, informou o diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Gregório Rabelo.

De acordo com diretor da ANTT, finalizado o projeto, ele será entregue para o Governo Federal abrir a licitação da obra. “É uma obra importantíssima, não só para Mato Grosso, mas para o país. Ela integra definitivamente o Centro-Oeste, permite que no futuro tenhamos uma ligação da Ferronorte com o eixo setentrional”, informou o secretário Pagot. “Esta obra vai permitir que o eixo do Porto de Santos (SP) chegue ao Porto da Madeira (AM) e, com certeza, no futuro chegue a Porto Velho (RO) e Santarém (PA)”, complementou.

De acordo com o secretário, obras como esta serão importantes para o desenvolvimento da região. “Temos que ter a visão do futuro, das grandes safras futuras, do Mato Grosso industrial, do Mato Grosso do biodiesel, do Mato Grosso em que a fronteira agrícola dará lugar à fronteira tecnológica”, ressaltou o secretário.

Pagot destacou que atualmente um dos grandes problemas no desenvolvimento da economia do Estado é a “dependência de apenas duas ou três saídas”. O secretário informou que dentro do Projeto Brasil Central uma dos eixos estruturantes é a implantação da BR-163 até Santarém (PA). A obra está na fase da aprovação do licenciamento ambiental. “É provável que chegue a licitação para uma concessão por meio da Parceria Público Privada (PPP)”, disse.

Outra obra em discussão dentro projeto Brasil Central é a implantação de rodovia no eixo Leste-Oeste, com traçado ainda a ser definido, mas que sairia de Vilhena (RO), cruzaria todo o Centro-Oeste brasileiro até os portos Bahia (SA). “Seria uma grande Leste-Oeste que o Brasil estaria construindo, que é exatamente o título da BR-242”, disse.

“Essas saídas, até mesmo a Ferronorte é uma saída de alto custo, e com certeza com outros projetos como o da BR-163, o eixo setentrional, a hidrovia do Paraguai plena e outros projetos que possamos fazer, como da hidrovia do Teles Pires-Tapajós, com certeza o futuro do Mato Grosso e do Centro-Oeste será muito mais competitivo e teremos lucro nas atividades agrícola e industrial”, destacou Pagot.

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