O triunvirato tucano –formado pelo presidente nacional do partido, Tasso Jereissatti (CE), pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo governador Aécio Neves (MG)– deve almoçar hoje com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. No cardápio do encontro está o processo de escolha do candidato tucano à Presidência da República.
O prefeito José Serra (SP), principal adversário de Alckmin no processo de escolha do candidato tucano, deve ficar de fora do encontro. No mesmo horário, Serra deve inaugurar as instalações em alvenaria de uma escola na zona norte da cidade.
O encontro entre a cúpula e Alckmin ocorre depois de uma semana de trégua dada para os dois possíveis pré-candidatos do partido à Presidência. Tasso, FHC e Aécio viajaram logo depois do Carnaval e fizeram questão de sinalizar que o processo de escolha estava nas mãos de Serra e Alckmin, que deveriam buscar um entendimento.
Aécio, por exemplo, tirou férias e viajou para o Canadá com a filha. FHC, que passou o Carnaval em Trancoso (BA) viajou em seguida para o Equador. Tasso passou o Carnaval recolhido em sua casa no interior do Ceará, passou rapidamente por São Paulo no final de semana passada e depois retornou para Brasília.
Entre a trégua e o almoço de hoje vários rumores circularam entre os partidários tucanos de Alckmin e Serra. O maior deles era que Serra sairia candidato ao governo de São Paulo. Essa solução serviria tanto para encerra o impasse com Alckmin como para o PSDB ter um candidato forte ao governo paulista.
Pesquisas de intenção de voto mostram que os atuais pré-candidatos tucanos ao governo de São Paulo –o ex-ministro Paulo Renato, o vereador José Aníbal, o deputado federal Alberto Goldman, e o secretário municipal de Governo Aloysio Nunes Ferreira– estão atrás dos petistas e até mesmo do ex-governador Orestes Quércia (PMDB). Com Serra candidato ao governo de São Paulo, o PSDB teria chances reais de se manter no poder do Palácio dos Bandeirantes.