A Comissão de Ética da Câmara de Lucas do Rio Verde acatou a denúncia do vereador Carlos Girotto (PPS) contra a presidente da câmara, Marli Ventura (PPS) e deu o primeiro passado para instaurar o processo disciplinar onde Girotto pede a punição da presidente acusando-a de quebra de decoro parlamentar. Carlos Girotto afirma que a presidente lhe acusou, em reunião, na prefeitura, no último dia primeiro, na presença do prefeito, do vice e de três vereadores, de falsificar assinatura do projeto de lei complementar 07/2005, da prefeitura. É a primeira vez, nesta legislatura, que um processo disciplinar será conduzido pela Comissão de Ética e o primeiro contra um presidente do Legislativo.
O presidente da comissão, Elder Biazus, o relator Jiloir Pelicioli (Mano) e o membro Demétrio Cesar passaram o dia em reunião, ontem, analisando detalhadamente o Código de Ética e definindo as medidas que serão tomadas neste caso. O código estabelece que o vereador acusado terá prazo de 5 sessões ordinárias, a partir do momento que for notificado, para apresentar defesa.
A comissão também deve analisar a assinatura que consta no projeto de lei complementar 07/2005 com a do prefeito Marino Franz. Uma fonte de Só Notícias informou que o projeto foi assinado pelo secretário municipal de Finanças, Jorge Andretta, porque o prefeito não estaria na cidade quando foi encaminhado ao Legislativo, em dezembro passado. O projeto, que foi protolocado e não chegou a ser inserido na pauta de votações, prevê que a concessionária de energia elétrica pagasse para a prefeitura pelo uso de postes de energia elétrica em áreas públicas municipais. A prefeitura elaborou o projeto a pedido dos vereadores Carlos Girotto e Raimundo Dantas.
A comissão deverá convocar para ouvir depoimentos os três vereadores -Nestor Albrecht, Pedro Góis e Raimundo Filho- que participaram da reunião onde a acusação de Marli contra Girotto teria sido feita. Não foram confirmadas quando as testemunhas serão convidadas a prestarem informações.