Após o marasmo do Carnaval, a Câmara dos deputados julga, neste mês, quatro cassáveis de participarem do chamado esquema do mensalão. Nesta quarta-feira, estão agendadas as votações dos processos de cassação de Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP).
Na semana seguinte, no dia 15, o presidente da Câmara dos deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), agendou outros dois processos para serem julgados em plenário, o de Pedro Henry (PP-MT) e Pedro Corrêa (PP-PE).
Caso os deputados sigam a lógica do Conselho de Ética, o peefelista terá mais chances de escapar da cassação. A negociação feita pelos seus colegas por pouco não saiu vitoriosa, já que o presidente do Conselho, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), teve de dar o voto de minerva para desempatar a favor do pedido de cassação.
Vale ressaltar que Brant é o único parlamentar da oposição que responde, até agora, ao processo devido ao esquema do valerioduto. O deputado mineiro é acusado de receber R$ 103 mil das contas de Marcos Valério. Brant diz, no entanto, que o dinheiro vem de um repasse da Usiminas para sua campanha a prefeito de Belo Horizonte em 2004.
Já Professor Luzinho é acusado de receber R$ 20 mil do mesmo esquema. O deputado defende-se dizendo que o dinheiro foi recebido a pedido de seu assessor José Nilson do Santos para a organização de candidaturas no partido.
De todos os quatro processos agendas, o de Pedro Henry é o que tem mais chance de o resultado sair pela absolvição. No conselho de Ética, o relatório de Orlando Fantazzini (Psol-SP), que sugeria a perda de mandato foi derrotado e o Conselho sugeriu ao plenário a absolvição.