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Juiz Julier diz que Antero teria recebido R$ 240 mil na campanha de 2002

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Questionado pelo senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT, o juiz Julier Sebastião da Silva leu há pouco seu parecer acerca do processo contra João Arcanjo Ribeiro, no qual o senador é citado. Julier informou que, no início de 2005, o deputado federal José Mentor e a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) entregaram a ele o relatório de Mentor sobre a CPI do Banestado, da qual Antero foi o presidente. O juiz disse que mandou anexar o relatório aos autos do processo contra Arcanjo e, dando seqüência jurídica à matéria, encaminhou-a para o Ministério Público Federal (MPF), por citar senador da República, onde o processo permaneceu por quatro meses.

Com o retorno do processo à 1º Vara Federal de Mato Grosso, em julho de 2005, o juiz elaborou seu despacho e disse que, no relatório da CPI, Mentor acusa Antero de ter obstruído os trabalhos de investigação da CPI do Banestado. No processo, Antero é citado também como tendo recebido cerca de R$ 240 mil de Arcanjo para sua campanha eleitoral de 2002.

– A mim não cabe julgar se Mentor tem credibilidade ou não; como ele encaminhou oficialmente, era minha obrigação despachar para o Ministério Público – disse Julier, acrescentando que apenas deu seqüência ao processo.

Antero rechaçou veementemente as acusações. O presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL-PB), explicou que, por não ter sido votado no plenário da comissão, o relatório da CPI do Banestado não tem valor jurídico, e deve ser encarado apenas como uma obra individual do deputado Mentor.

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