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PT e PL reúnem-se para discutir eleições. Serys e Welington atacam área social de Blairo

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O Partido Liberal abriu nesta segunda-feira discussões em Mato Grosso com o PT, seu aliado preferencial para as eleições de outubro. Só abriu. Por enquanto, o rumo que a sigla deverá tomar em torno da sucessão do governador Blairo Maggi é incerto e não sabido. O principal expoente liberal no Estado, o deputado federal Welington Fagundes admite que está conversando com vários partidos. Contudo, negou que esteja “barganhando” posições do tipo quem mais fizer concessão é com esse que eu vou. “É necessário o partido fazer composições” – frisou o político.

Sozinho o PL não ficará nas eleições deste ano. Os movimentos na agremiação em favor de uma aliança, em verdade, são relativamente intensos. Os liberais, por exemplo, não perderam a oportunidade de figurar numa pré-aliança ao lado do PTB e do PMDB, partidos cujos rumos também são incertos. E agora abre negociações isoladas com o PT. Trabalhistas e peemedebistas deverão também ouvir o PT ainda esta semana: ambos estão com agenda programada no Diretório Regional.

Em verdade, Fagundes está exercitando todas probabilidades permitidas com o fim da verticalização – em fase ainda de votação. Se confirmada mudanças nas regras para fechamento de alianças eleitorais, o PL pode fazer o que bem entender em Mato Grosso. Até porque, a princípio, os liberais não terão candidato a presidente e dificilmente deverá figurar na chapa de Lula a reeleição – o que, se acontecesse, acabaria forçando uma aproximação maior com o PT.

Certo mesmo é que o PL não deverá figurar na aliança que está sendo montada pelo governador Blairo Maggi. Ou melhor: as possibilidades são mínimas. Principalmente porque Welington preserva o seu espaço de oposição a Maggi na principal base eleitoral do governador, em Rondonópolis. Por questão, evidentemente, de ocupação de espaço. “A primeira coisa em uma aliança é ganhar as eleições para depois governar” – disse o deputado, ao deixar bem explícita a fraqueza partidária existente no Brasil como linha de argumento para as negociações em todos os níveis: “Existe pouca ideologia partidária” – ele comentou.

Entre liberais e petistas, no entanto, há sintonia nas críticas ao Governo. Depois de falar com a senadora Serys na série de reuniões partidárias agendadas pelo PT, Welington Fagundes praticamente repetiu o discurso da pré-candidata petista: ambos mencionaram a “dívida social” do Governo. Sem atacar o processo desenvolvimentistas, Fagundes e Serys concluem que o Estado investiu pouco no social. Eles citaram especialmente a questão do aumento de analfabetos e redução de jovens concluindo cursos superiores, além da criminalidade elevada.

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