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PMDB adia prévias e diz que candidatura própria é irreversível

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A executiva do PMDB referendou nesta terça-feira o adiamento das prévias do partido para a escolha do candidato à Presidência da República do dia 5 para o dia 19 de março.

A legenda estendeu, por conseqüência, o prazo para as inscrições nas prévias para o dia 11 de março. Por enquanto, a disputa será travada entre o governador do Rio Grande Sul, Germano Rigotto, e o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho.

A ala governista do partido, que tentava postergar a escolha para abril, conseguiu duas semanas de prazo para analisar o quadro político à época. Assim, esses peemedebistas podem articular, por exemplo, alianças com o PT nos estados e dissidências no plano federal em favor da candidatura à reeleição do presidente Lula.

Os peemedebistas que trabalhavam para manter as prévias em março, por sua vez, conseguiram manter a data da escolha antes do dia 31 de março, prazo final para que governadores, por exemplo, se desencompatibilizem para a disputa das eleições.

Candidatura irreversível

O presidente da legenda, Michel Temer (PMDB-SP), afirmou que a decisão de hoje, por aclamação, reforça a candidatura própria do partido à presidência. “Não há espaço para recuo”, afirmou.

Apesar disso, governistas que estiveram na reunião e, de última hora, decidiram apoiar o dia 19 como data das prévias, dizem preferir a candidatura de Rigotto. Consideram que, com isso, poderão abandoná-lo na reta final das eleições e articular uma aliança com o PT. E acrescentam que as chances do governador gaúcho chegar ao segundo turno é pequena, o que permitiria a articulação de uma aliança no segundo turno.

Rigotto e Garotinho dizem que essa possibilidade é nula. ‘O PMDB com a realização das prévias terá grande mobilização e o candidato escolhido nas prévias terá condições de reunir o partido’, afirmou o governador do Rio Grande do Sul.

“Não é provável nem possível que o candidato do PMDB seja abandonado. O candidato será escolhido pelas bases, diferente do que ocorreu no passado quando o candidato foi escolhido por uma convenção ou pela cúpula do partido”, declarou Garotinho.

Para evitar o abandono de uma candidatura em favor do governo Lula, o senador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) sugeriu que uma desistência do pré-candidato vencedor garantisse ao segundo colocado nas prévias a vaga para disputar a presidência pela legenda. A tese teve o apoio do presidente da legenda.

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