Representantes da Polícia Civil de Mato Grosso estiveram reunidos ontem com o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Silval Barbosa (PMDB), e os parlamentares Zé Carlos do Pátio (PMDB), Vera Araújo (PT) e o líder do governo na AL, Mauro Savi (PPS) para discutir o apoio da bancada pela equiparação salarial para a categoria.
O deputado Silval Barbosa destacou a necessidade de abertura nas negociações junto ao Governo do Estado, visto que a equiparação trata de um direito previsto em lei. “Esta Casa está aberta para ajudá-los no que for preciso, a exemplo do que fizemos em relação às reivindicações de outros segmentos do funcionalismo”, disse o presidente.
Outra reunião com os deputados deve acontecer amanhã, às 14 horas na Assembléia. Ela funcionará como uma prévia da audiência de quinta-feira à tarde, com o governador Blairo Maggi (PPS). A deputada Verinha Araújo (PT) disse é preciso também obeservar a questão das promoções os dois segmentos menos privilegiados na Policia Civil.
A categoria deflagrou greve no último dia 16 reivindicando a criação de um piso salarial condizente com o pago para os profissionais de nível superior do Estado, sob a alegação de que, para ocupar um dos cargos é necessário ter cursado o terceiro grau. Araújo defendeu ainda a readequação em alguns pontos que regem a carreira desses profissionais. “Acho justo que haja este movimento, uma vez que a categoria não teve aumento de salário e nem as promoções previstas no Estatuto da Polícia Civil. É preciso que o Governo do Estado reveja os pontos abordados pelos grevistas e tome uma decisão à respeito”, declarou a parlamentar.
Segundo o pemedebista, Zé Carlos do Pátio a equiparação do salário de delegado ao do governador, enquanto o visível desnível com as demais classes da Polícia, segrega o grupo e incita ainda mais movimentos grevistas. “Não se pode ter num mesmo grupo dois pesos e duas medidas. É fundamental que haja uma revisão nisso”, explicou.
O líder do Governo, Mauro Savi garantiu que participará dos encaminhamentos dos trabalhos a fim de sanar o impasse.
São aproximadamente 1,7 mil investigadores de polícia e 350 escrivães em todo o Estado. Eles reivindicam uma equiparação salarial com outras carreiras estaduais de nível superior. Atualmente o piso de um investigador ou escrivão em início de carreira é de R$ 1.273.