Uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) apontou irregularidades em contratos do Banco do Brasil para processamento de dados, que envolvem informações sigilosas, com as empresas Cobra e Xerox do Brasil.
No relatório da auditoria, o TCU indica a ausência de licitações nos contratos e a alterações nos valores contratados acima do percentual legal. O ministro Benjamin Zymler, o relator do processo, determina que o BB faça ajustes nos contratos sempre que ocorrer acréscimos acima de 25% nos valores dos serviços inicialmente acertados.
O tribunal também decidiu por multar em até R$ 10 dois ex-presidentes da Cobra e um ex-diretor comercial. A decisão cabe recurso judicial.
Outro lado
A assessoria do BB comunicou que os contratos se referem a 1999, portanto referente a gestão passada do banco e que, no próprio acordão, o TCU isenta os funcionários ouvidos da instituição financeira.
A Cobra divulgou uma “nota de esclarecimento” que os contratos se referem ao período de 1999 a 2002 e que a empresa ainda não foi notificada e que portanto, não dispõe de “elementos suficientes para embasar quaisquer comentários sobre o tema”.
“Caso venha a ser notificada, a Cobra Tecnologia concederá que se manifestem os dirigentes de gestões passadas –anteriores a 2003 –que tiverem envolvimento com o tema”, declara a assessoria de imprensa da empresa.
A assessoria da Xerox do Brasil também afirmou que não havia sido notificado e que não dispunha de condições para se pronunciar sobre o relatório do TCU.