Ainda não há previsão para conclusão do relatório do Conselho de Ética que investiga as denúncias de suposto envolvimento do deputado mato-grossense Pedro Henry, no esquema do mensalão, que já resultou na cassação de deois deputados (Roberto Jefferson e José Dirceu) e renúncia de outros quatro.
O relator do processo de Henry, o deputado paulista Orlando Fantazzini (PSOL), afirmou ontem que não há previsão para conclusão das investigações. Em entrevista para A Gazeta, o relator confirmou que ainda não foram agendados os depoimentos solicitados à Câmara. Um dos que devem depor é o deputado Robson Tuma (PFL-SP), autor do relatório da Corregedoria da Câmara que não apontou nenhuma irregularidade por parte de Henry e José Janene (PP-PR). Este pepista teria participado de supostas negociações escusas quando o mato-grossense comandou a legenda.
O caso de Henry é um dos que não estão na fase final de apuração no Conselho de Ética. A agenda da Câmara dos Deputados mostra que a próxima atividade do processo contra o mato-grossense se refere apenas à reunião ordinária da próxima segunda-feira (09). Outros 11 parlamentares são investigados também por denúncias de envolvimento no mensalão. A Câmara tem até o dia 17 de abril para analisar a conduta dos acusados.
O deputado Pedro Henry, que pretende ser candidato a senador, negou com veemência, em seus depoimentos, todas as denúncias e diz estar sendo prejudicado pelas investigações.