O Senado não aprovou, na madrugada desta quinta-feira, a prorrogação da CPMF e só será cobrada até o próximo dia 31. A partir de janeiro, ela está extinta.
Foram 45 votos a favor da prorrogação e 34 contra. O governo precisava de 49 votos para aprovar a CPMF. Faltaram 4. Os senadores do PSDB e DEM foram contrários até a última hora a aprovação da prorrogação da cobrança de 0,38% sobre a emissão de qualquer valor de cheques. R$ 38 bilhões deixarão de ser pagos pelos brasileiros, ano que vem, de CPMF.
Foram 8 horas de debates no Senado, com momentos tensos. O governo, prevendo derrota, recuou e foi enviada carta do presidente Lula reduzindo a validade da CPMF de 2011 para apenas o ano que vem. Alegando que o governo não “honrou compromissos” e não aceitou, alegando que o fim da CPMF é o início da reforma tributária.
O senador Arthur Virgilio (PSDB-AM) liderou a oposição junto com José Agripino (DEM-RN) foram os principais articuladores no Senado que conseguiram manter as bancadas unidas e evitaram debandadas. O mato-grossense Jonas Pinheiro (DEM) foi um dos assediados pelo governo, a pedido de Lula e Blairo Maggi, para votar pela prorrogação do imposto. Chegou a pedir lideração dos Democratas mas acabou sendo ameaçado de expulsão e, esta madrugada, votou contra a prorrogação, juntamente com Jaime Campos (DEM). Serys Marli (PT) foi favorável.
Em outra votação, da DRU, – Desvinculação das Receitas da União- foi aprovada por 60 a 18, embora a oposição protestou dizendo que o governo estaria desvinculado orçamento para “pagar banqueiros internacionais”