O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse hoje (7) que uma eventual rejeição da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) pelo Senado vai prejudicar as ações de segurança para o país. O ministro revelou, no entanto, que o governo já está trabalhando um “plano B”, caso a matéria seja derrubada.
“Se nós tirarmos R$ 40 bilhões do orçamento do ano que vem, certamente várias áreas serão prejudicadas, mas também o governo está trabalhando o seu plano B”, afirmou Tarso Genro.
“É imprevisível o prejuízo particular que teria a segurança pública, porque esses recursos que nós apresentamos ao presidente, de R$ 8,7 bilhões e que foi feito um ajuste fino para R$ 6,7 bilhões, certamente teria algum tipo de impacto.”
O prefeito do Rio, Cesar Maia (DEM), que acompanhava o ministro, perguntado qual era sua posição sobre a votação da CPMF, disse que para responder a questão tinha que “tirar o paletó de prefeito e vestir a camisa de político”.
Assim que tirou o paletó, disse: “o ministro deu uma deixa. Ele falou que tem um plano B. Pela primeira vez, nós escutamos que há um plano B para o caso de não aprovação da CPMF. É uma boa notícia, para nós da oposição”. Ao terminar de dar a declaração, César Maia vestiu o paletó.
O ministro disse, porém, que acredita que o Senado compreenderá o significado da matéria para o país e aprovará a prorrogação da CPMF. “Nós não estamos fazendo nenhuma avaliação de corte [no orçamento da segurança], até agora, porque confiamos na aprovação da CPMF”.
Tarso Genro participou, no Rio, da assinatura de adesão do município ao Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), e anunciou a liberação de R$ 1,9 milhão para a Guarda Municipal. O dinheiro será usado no treinamento dos agentes e na compra de equipamentos.