O Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou, por unanimidade, habeas corpus para os delegados de Polícia Civil de Sinop, Richard Damasceno Lage, e de Claudia, Helena Yloise de Miranda, presos desde 16 outubro, acusados de receberem propina do esquema do jogo do bicho controlado por pessoas ligadas a João Arcanjo Ribeiro (preso em Campo Grande). Só Notícias apurou que o desembargador Paulo Cunha negou pedido da defesa dos delegados. O juiz Carlos Roberto Pinheiro além do desembargador Manoel Ornellas de Almeida tomaram a mesma decisão do relator. Com isso, os dois delegados continuarão presos na Polinter, em Cuiabá.
Uma fonte de Só Notícias informou que a defesa dos delegados poderá tentar, ainda no Tribunal de Justiça, um novo recurso (embargo declaratório) para tentar colocar os delegados em liberdade, ou recorrer ao STJ – Superior Tribunal de Justiça-.
Na operação arrego (dinheiro para a polícia), desencadeada pelo GAECO- Grupo de Apoio e Combate ao Crime Organizado- do Ministério Público, também foram presos o genro de Arcanjo, Geovani Rodrigues, dois homens que operavam o esquema de jogos na região Norte. O Ministério Público gravou conversas telefônicas, com autorização judicial, onde os acusados mencionam suspostos pagamentos de propinas para delegados e policiais, em troca de proteção e para que concorrentes fossem presos.