deputado José Domingos Fraga Filho (DEM) reafirmou nesta quarta-feira que é candidato a “segunda” vaga para o cargo de conselheiro de Tribunal de Contas do Estado. Essa segunda vaga é atribuída às informações de que o conselheiro Júlio Campos vai pedir aposentadoria do cargo para regressar a vida política, com intenção de ser candidato a prefeito de Várzea Grande – onde pretende se aposentar da vida pública. Ele manifestou o seu apoio ao nome do deputado Humberto Bosaipo (DEM) para ocupar a vaga de Ubiratan Spinelli, que deixa o Tribunal ainda neste final de ano.
Em verdade, Bosaipo no TCE se transformou em unanimidade. Todos os deputados que se revezaram na tribuna do plenário da Assembléia Legislativa fizeram elogios ao parlamentar democrata. No quinto mandato, Bosaipo já foi presidente do Legislativo Estadual e também governador em exercício. “Tem uma folha de serviços prestados” – disse o deputado Roberto França (sem partido), cujas palavras foram repetidas por José Riva (PP), Maksuês Leite (PP), Juarez Costa (PMDB), entre outros.
A fila puxada por Zé Domingos, no entanto, acabou quebrada pelo líder do Governo, deputado Mauro Savi (PR). Segundo ele, o seu candidato para uma eventual nova vaga no Tribunal de Contas do Estado deve ser entregue ao deputado Sebastião Rezende (PR), a quem classificou como um dos homens mais íntegros que conheceu. Pastor, evangélico, Rezende está cotado para ser o próximo presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa.
Contudo, o nome mais provável para a vaga de Júlio Campos é do atual secretário de Fazenda do Estado, Valdir Teis. O auxiliar de Maggi teve, em verdade, seu duramente criticado pelo deputado Maksuês Leite. “Não o conheço, nunca o vi” – disse, ao destacar a dificuldade de Teis se fazer entender por causa do sotaque alemão.
O Governo tem como certo que a indicação é, de fato, do Executivo. Domingos, no entanto, manifestou dúvidas. Para ele, a indicação também é do Legislativo. Há duas semanas ele entrou com requerimento pedindo informações a respeito do número de conselheiros indicados pela Assembléia Legislativa para ocupar o cargo de conselheiro. Para ele, essa questão precisa ser avaliada até para dar um ponto final nas discussões que acercam o parlamento e o executivo estadual. “Existem muitos nomes de peso para ocuparem as vagas e com experiência para ocupar outras pastas dentro do governo estadual” – frisou.