O governo de Mato Grosso divulgou nota hoje onde acusa empresas bolivianas de descumprirem acordo para fornecer gás viabilizando a produção de energia elétrica em Cuiabá. A Usina Termoelétrica de Cuiabá está parada e sem previsão de voltar a funcionar. O governo estadual não estipulou um prazo para o problema ser resolvido. Eis a íntegra da nota:
“Devido a problemas na prospecção de gás no país vizinho, em junho de 2007 foi assinado um contrato provisório entre a YPFB, empresa petrolífera boliviana, e a EPE (Empresa Produtora de Energia), responsável pela operação da Usina Termelétrica de Cuiabá, de garantia de fornecimento de 1,1 milhão de metros cúbicos/dia de gás para Mato Grosso. A referida garantia de fornecimento seria referendada posteriormente por um contrato definitivo, entretanto, a assinatura deste novo contrato foi seguidas vezes prorrogada.
Um acordo bilateral entre os governos do Brasil e da Bolívia prioriza o atendimento do mercado brasileiro e, portanto, a regularização do abastecimento para Cuiabá dependeria da assinatura de um contrato definitivo de fornecimento da matéria-prima e de se encontrar alternativas que permitam o uso alternado de gás e óleo diesel pela Termelétrica de Cuiabá.
Considerando tal situação, o Governador Blairo Maggi tem mantido contatos constantes e diretos com o Ministro das Minas e Energia na busca de uma solução para o problema e visando preservar os interesses de Mato Grosso.
O Governo do Estado tem, ao longo do tempo, apoiado firmemente a busca de soluções para que sejam restabelecidas as condições de geração de energia pela Termelétrica Mário Covas.
O Governo do Estado continuará envidando todos os esforços junto ao Ministro das Minas e Energia, Nelson Hubner, bem como junto à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para que seja encontrada uma solução compatível com os interesses de Mato Grosso, bem como das empresas envolvidas na geração de energia, para que se possa ter confiabilidade no sistema de abastecimento, permitindo que as indústrias e outros usuários dessa matriz energética possam manter a normalidade de suas atividades operacionais.
O Escritório de Representação do Governo de Mato Grosso em Brasília está acompanhando de perto as negociações em curso entre os governos brasileiro e boliviano, bem como atuando junto aos órgãos federais em apoio às empresas responsáveis pela operação da usina.
O Governo de Mato Grosso mantém um relacionamento de alto nível e respeitoso com o governo da Bolívia e acredita numa solução que atenda aos interesses de ambas as partes.”