Sem discussão de indicações ou projetos, foi realizada ontem, a sessão da câmara. O tempo do grande expediente foi exclusivo para homenagens ao ex-vereador Francisco Hidalgo Gimenez (Chicão do Varejão), que faleceu na semana passada, vítima de ataque cardíaco.
“Fizemos questão de não colocar nada em pauta, ficando todo o grande expediente para que os vereadores dedicassem homenagens a Chicão do Varejão, que nos deixou precocemente”, diz a presidente da Câmara, Sinéia Abreu (PSDB). Chicão, que estava licenciado do parlamento, retornaria na sessão de ontem aos trabalhos legislativos.
Os vereadores foram unânimes ao afirmar que Chicão foi um exemplo de homem e político a ser seguido. Eles lembraram fatos vividos com o amigo e companheiro político que sempre se pautou pelo respeito e lealdade perante a sociedade, independente de facções políticas ou pensamentos ideológicos.
“O ex-vereador Chicão do Varejão foi um grande homem que nos deixou muitas lições. Foi para nós um choque perdê-lo, mas o seu exemplo ficará entre nós para reflexão”, afirmou Sinéia Abreu. Lealdade, fidelidade, companheirismo foram as palavras mais usadas pelos vereadores ao se referirem a Chicão do Varejão.
“Chicão era um fiel, era um amigo de todos. A lacuna deixada por ele na política não será preenchida”, disse Tião da São Camilo (PMDB). “Eu o conheci pessoalmente e passei a conviver com ele em 2005. Este tempo foi suficiente para perceber o seu caráter íntegro, a sua bondade, o seu desprendimento quando se tratava de ajudar as pessoas. Este foi o Chicão que conheci”, declarou.
O vereador Valdemar Júnior (PPS), que tinha muita amizade e convivência com o ex-parlamentar, foi o primeiro a pedir que a câmara faça uma homenagem a Chicão. Os vereadores vão se reunir para decidir o que poderá ser feito para perpetuar sua lembrança como homem público. “Cabe a nós lembrarmos da sua vida e não da sua morte. Lembrarmos da sua existência vitoriosa, dos seus bons exemplos a serem seguidos”, declarou Valdemar Júnior.
O vereador Gilson de Oliveira – PP, também se pronunciou na tribuna para dizer o que o ex-vereador representava para os vereadores, para a política, para o povo de Sinop. “Ele era amigo de todas as horas, não tinha hora para ajudar as pessoas que dele precisavam. Aqui na Câmara, Chicão sempre ajudou a todos nós vereadores, orientando, aconselhando e nos socorrendo nas horas de dificuldades, sendo um grande conciliador”, lembrou Gilson de Oliveira.
Em apenas dez meses de convivência com o ex-vereador, a vereadora Zuleica Mendes (PMDB), disse que suas ações devem servir de exemplo para os demais vereadores. “Chicão era amigo e leal. Era um homem voltado para ações e projetos sociais. Com a sua morte, ficará uma lacuna no Legislativo sinopense”, declarou a vereadora. Zuleica Mendes aproveitou a oportunidade para propor uma trégua entre os vereadores. “Que este momento nos sirva para refletirmos sobre a vida, porque ninguém sabe do amanhã. Vamos acabar com as arestas entre os vereadores, até como forma de homenagear Chicão”, disse a vereadora.
O vereador Mauro Garcia(PPS), falou da forma como Chicão procedia na política. “Ele tinha muito respeito por todos. Talvez ele nem fosse um apaziguador, mas sempre foi um amigo. Todos nós temos uma missão na terra e acredito que a missão foi cumprida”, disse Mauro Garcia. O vereador Mauro sugeriu que a foto de Francisco Hidalgo permaneça, até o final deste mandato, na galeria de fotos dos vereadores de Sinop. A sugestão foi acatada por todos os vereadores.
A vereadora Cleuza Navarini (PTB) definiu o ex-companheiro como diplomata. “Ele era a diplomacia em pessoa. Uma outra particularidade do Chicão é que ele era birrento. Quando queria uma coisa, fazia igual menino birrento, insistia até conseguir”.
O vereador Jorge Müller (PSDB) disse que tinha em Chicão um grande companheiro e que os dois tinham laços fortes de amizades. “Ele era uma das poucas pessoas que me chamava de Jorge”, lembra, mostrando o grau de aproximação entre os dois. “O conselho que ele dava era: ‘seja sempre você mesmo, respeite as leis e ame a sua família’. Ele era um homem de um grande coração. Com a sua morte, quem perdeu não foi somente a sua família, foi a sociedade, foi o povo de Sinop”, completou.
Durante a sessão, o suplente Roberto Trevisan (Betão), do DEM, foi empossado.