O Senado começou a votar, em instantes, a indicação de Luiz Pagot para a presidência do DNIT. Os líderes do PSDB e DEM anunciaram obstrução e os senadores destes dois partidos não votam. Neste momento, estão em plenário 37 senadores. São necessários 41 votos favoráveis para garantir a aprovação e Pagot assumir o cargo mais expressivo para Mato Grosso no governo Lula.
Os líderes do PMDB, PT, PSB recomendaram votos favoráveis a indicação.
Os senadores continuam discursando e manifestando votos. O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati disse que, quem votar a favor, “estará prevaricando por não sabatinar o indicado, que cometeu ilegalidade. Foi claramente comprovado que não foi ato ilícito”, disse Tasso, referindo-se ao fato de Pagot ter sido assessor no Senado, entre 1995-2002, e trabalhado, ao mesmo tempo, para uma empresa em Manaus
O senador Mario Couto solicitou a Renan que tome medidas para que Pagot devolva “os R$ 429 mil que recebeu, neste período”, acrescentando que, se a indicação for aprovada, defende ação na Justiça para derrubá-la. Ele citou que parecer da assessoria do Senado era para que Pagot optasse, ao exercer os dois cargos, pela jornada menor de trabalho,”o que ele não fez”.
A obstrução da oposição não está focada só na indicação de Pagot para o DNIT. Conforme Só Notícias já informou, esta tarde o senador Arthur Virgilio (AM), líder do PSDB, anunciou outros motivos para a obstrução: “Queremos data para votação projeto que acaba com sessão secreta no Senado, da PEC que acaba com voto secreto para cassação de mandatos, votação de projeto para que senadores que são da mesa diretora e que são processados no conselho de ética sejam afastados, além do afastamento, licenciamento ou renúncia do presidente Renan Calheiros:, afirmou Virgilio.
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