Após um ano e cinco meses das negociações com o Governo do Estado, em que ficou definida a execução do projeto de reestruturação da carreira de investigador e escrivão de Polícia Civil, a categoria ameaça nova paralisação. Representantes entregaram, ao presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Ricardo (PR) e demais deputados o projeto de reestruturação, bem como, o acordo não cumprido pelo Governo do Estado que alega falta de recursos.
“No ano passado esta Casa de Leis esteve junto com os investigadores e escrivães no acordo pelo término da greve da categoria onde, em contrapartida, o Estado assumiu um compromisso de rever o plano de carreira dos agentes, e hoje, sabemos que nada foi cumprido. Estaremos trazendo a situação para o debate na próxima semana e em tempo, quando se discute o PPA 2008/2011, buscaremos garantir o reajuste salarial da categoria no orçamento geral do Estado”, externou Sérgio Ricardo.
Ao todo, Mato Grosso conta com 400 escrivães e 1.790 investigadores que têm piso salarial de R$ 1.370,00 reais. A categoria elaborou um amplo estudo junto a técnicos da SAD e da SEJUSP (em 2006) com as previsões de reajuste salarial e o impacto na folha orçamentária do estado. Segundo Gonçalves, o projeto prevê um salário de pelo menos R$ 2.330,00 reais.
O presidente do Sindicato dos Investigadores e Agentes Prisionais de Mato Grosso (Siagespoc), Cledison Gonçalves declarou que falta vontade política para que o impasse de quase dois anos seja resolvido. “Nós fizemos a nossa parte ao suspendermos a greve, quem não cumpriu com o acordo foi o Governo do Estado e por falta de vontade”, finalizou.