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Inconformados com absolvição de Renan, senadores falam em obstruir votações

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Um dia depois da absolvição no plenário, o caso Renan Calheiros continua como tema da casa. Integrantes da base aliada e da oposição ainda comentam o resultado da votação em plenário, falam em obstrução e na defesa do voto aberto, que, para muitos parlamentares, foi decisivo. Foram 40 votos a favor da absolvição, 35 votos pela cassação e seis abstenções.

O senador Renato Casagrande (PSB-ES), um dos relatores do processo contra Renan no Conselho de Ética, disse que a casa precisa retomar as votações apesar da crise, que, segundo ele, não foi “diluída”. “Temos de fazer um debate com os líderes para encontrar um ponto de equilíbrio”, disse em referência às tentativas da oposição de obstruir os trabalhos.

O tom do senador não foi o mesmo da colega de relatoria, a tucana Marisa Serrano (PSDB-MS). A senadora defendeu uma operação padrão nas operações em plenário e que não se faça nenhum tipo de acordo para aprovações de propostas. “É uma obstrução pontual. Vamos votar só o que for de interesse da população. Não tem sentido não analisarmos e ficarmos engolindo tudo aqui dentro. O que vem para o plenário é só item de última hora e os nossos projetos de lei somem”, alegou.

Serrano ainda foi enfática que a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF) não deve ser aprovada. “É bom o governo não vir com essa chantagem que da CPMF vem recursos da saúde. O governo que faça sacrifícios, que tire dinheiro dos gastos com publicidade e dos cargos comissionados, que são muitos”, criticou.

A líder do PT na Casa, Ideli Salvati, não acredita que a obstrução da oposição vá atrapalhar a votação no Senado. “A oposição disse que ia obstruir várias coisas nesta casa, inclusive em propostas de menor importância. Imagine em um debate público como a CPMF? Vamos ter muito o que conversar, negociar e votar”, explicou. Indagada se o PT teria sido o “fiel da balança” no placar dos votos, como apontou o PSDB ontem, Ideli negou. “É impossível obter 40 votos, mais 6, sem a participação dos partidos da oposição.”

Mas em um ponto governo e oposição foram unânimes. “É preciso votar com o voto secreto na casa. Marisa Serrano inclusive fez uma proposta para que apresente uma proposta junto com Casagrande para discutir o voto aberto e criar o regimento interno do Conselho de Ética. “Vamos começar hoje e acabar logo com isso”, disse Marisa Serrano. “O voto aberto é uma forma de vocês prestar contras para seus eleitores para a população”, concordou Ideli Salvati.

O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), comentou a situação do presidente do Senado e disse que ele precisa retomar a confiança dos demais senadores e da sociedade. Ele criticou àqueles que se abstiveram de votar. “O resultado é dividido mesmo. Seis pessoas não tiveram a coragem de votar a favor dele, e preferiram a abstenção do que ter uma dor de consciência no futuro”. “Botaram ele na forca e esqueceram de puxar o banco”, resumiu Tuma sobre a situação do senador, que foi absolvido, mas enfrentará outros processos na Casa.

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