O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembléia Legislativa, que investiga procedimentos fraudulentos na Secretaria de Estado de Meio Ambiente, deputado José Riva (PP), anunciou que vai pedir ao governador Blairo Maggi para que sejam adotadas medidas urgentes dentro do órgão antes mesmo do encerramento dos trabalhos da comissão. Riva disse que a CPI já detectou que o problema da Sema é, de fato, falta de gestão. A secretaria é administrada por Luís Henrique Daldegan, que pode, com isso, ter sua demissão do cargo antecipada.
Ao falar, hoje de manhã, em plenário, o parlamentar disse que a Sema passa por deficiência estrutural em todos os aspectos, com pessoas desqualificadas profissionalmente em cargos chaves. O órgão vem sendo alvo de constantes denúncias e uma intensa desaprovação em Mato Grosso. A gestão atual não vem conseguindo agradar os integrantes do Governo, empresários do setor florestal e ainda os próprios ambientalistas.
Riva fez questão de afirmar que a CPI da Sema vai continuar em que pese os altos dirigentes da secretaria continuarem afirmando que não existe nada de errado no setor. O deputado usou até de exemplos duros para garantir a permanência da CPI e mostrar ter certeza que a Sema enfrenta problema de gestão, que está entregue a pessoas desqualificadas e que a impunidade corre solta na secretaria. “Se tem irregularidade em 90 dias daria para detectar o erro. É como detectar alguém assaltando um banco e dizer que tem 15 dias para assaltar. É isso que estão fazendo da Sema”.
O deputado disse ainda que não dá para aceitar a desculpa de que falta pessoal na Sema. “Tenho duvida se o problema é pessoal. A Sema tem é um problema de gestão seríssimo, que não atende a demanda e está aquém do que dela se espera”, e completou “o povo está a 140 quilômetros por hora e a Sema a 40, não vai atender nunca aos anseios da sociedade”.
Para o deputado é preciso haver transparência para que os problemas sejam apurados sem dó, nem piedade e disse que é preciso parar as denúncias vazias e que as denúncias anônimas precisam antes ser apuradas. “Não daremos valorização a denuncias que são descabidas como esta que joga deputado contra deputado. Dá para analisar em um primeiro instante que não vale nada. Não daremos crédito a denuncia anônima sem a devida investigação. Vamos até o final para apurar estas irregularidades, para proteger o meio ambiente e a classe produtora do estado.