A Comissão de Infra-estrutura do Senado faz, neste momento, a votação da indicação de Luiz Pagot para a presidência do DNIT. A tendência é que seja aprovada sua indicação, mesmo sob duros protestos de senadores da oposição. Nem todos os senadores titulares estão na sessão e são substituídos pelos suplentes, que passaram a votar. Os discursos mais fortes contra a nomeação de Pagot na presidência do DNIT parte do PSDB. Primeiro foi o paraense Mauro Couto. Depois, o cearense Sergio Guerra que criticam o acúmulo de cargo público e privado de Pagot, entre 1995-2002.
O ex-secretário Luiz Pagot fez seu discurso na sabatina que é submetido na Comissão de Infra-estrutura do Senado. Sob tensão por estar sendo criticado por senadores da oposição, Pagot apresentou 3 linhas de ações que pretende implementar no comando do Departamento Nacional de Infra-estrutura, caso sua indicação seja aprovada: “A modernização administrativa, com um modelo de gestão que contemplem uma nova postura jurídica e fisco contábil, planejamento estratégico permanente e integrado e um ambicioso programa de tecnologia da informação que se transforme em ferramenta vital para o desempenho almejado e agilização dos processos. Será importante a modificação de procedimentos para que a base administrativa responda a altura dos desafios impostos pelos seqüenciais programas de obras”, discursou.
“A segunda é a integração institucional com a visão do compartilhar tarefas, dividir responsabilidades criando uma ampla frente de relacionamento profícuo com os diversos órgãos, autarquias, setores do governo e da sociedade que interagem com o DNIT, com a finalidade de dar celeridades aos processos. Obras não licitadas, interrompidas ou embargadas, por mais válidos que sejam os argumentos contribuem para a superação econômica e o desalento social, pois via de regra sacrificam regiões, inibem oportunidades e acrescentam custo de vida.
Asseguro à todos que não faltará trabalho diuturno para que em conjunto com esta importante Comissão de Serviços de Infra-estrutura e demais organismos governamentais consigamos encontrar amparo institucional para a consecução dos objetivos”, emendou.
“A terceira meta é a eficiência operacional que envolve planejamento, projetos, descentralização, pesquisa, ousadia, responsabilidade assumida, formação continua de quadros e planos logísticos que possam contribuir com a redução das desigualdades regionais e para o crescimento da nação. Será relevante passar do diagnóstico para a ação”, acrescentou.
Daqui a pouco, Pagot deve responder perguntas dos senadores e os principais questionamentos vão girar em torno do acúmulo de cargos que ele teve entre 1995-2002, quando foi assessor no Senado e ocupaou cargo na Hermasa, do governador Blairo Maggi, ao mesmo tempo. Pagot diz que declarou os R$ 428 mil que recebeu do Senado.
Os senadores criticam o fato dele ter omitido em seu currículo o cargo de assessor no Senado e os tucanos, além de alguns do DEM, anunciaram votos contrários, mesmo com parecer da Advogacia do Senado apontando que não houve irregularidades.
O senador Mauro Couro (PSDB-PA), conforme Só Notícias já informou, chegou a pedir o adiamento da sessão, mas seu requerimento foi reprovado.
Estão na sala da comissão, na primeira fila, acompanhando a sabatina de Pagot, o governador Blairo Maggi, os senadores Jonas Pinheiro e Jaime Campos-relator do processo de indicação- deputados federais e o deputado Mauro Savi, líder do governo
(Atualizada às 15:21hs)
Leia mais
Senadores rejeitam novo adiamento e Pagot é sabatinado