O Ministério Público Federal apresentou hoje denúncia formal contra o ex-deputado federal Ricarte de Freitas Junior (PTB), no caso sanguessuga. Ele é acusado de cobrar propina para destinar emendas federais garantindo verbas para compra de ambulâncias superfaturadas vendidas pela empresa Planam, de Luiz Vedoin, para o governo. Vedoin foi quem acusou Ricarte de cobrar comissão de 15% do valor de cada emenda. Apesar do parlamentar negar as denúncias, não conseguiu se reeleger e não convenceu o MPF. Ele também questionou a planilha dos supostos pagamentos de comissões conforme Vedoin acusou.
De acordo com acusações de Vedoin, foram repassados para Ricarte, entre 2000 e 2001 cerca de R$ 240 mil em propinas, referentes as comissões. O empresário disse que o deputado também pediu uma caminhonete e uma passagem internacional.
Ricarte e outros ex-deputados, como Lino Rossi e Celcita Pinheiro, de Mato Grosso, devem responder processo na Justiça comum. Como não se reelegeram, perderam direito ao foro privelegiado. Ricarte de Freitas Junior ainda não se pronunciou sobre a decisão do MPF.