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Blairo avisa aliados que ‘pendura botinas’ ao concluir mandato

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O governador Blairo Maggi voltou com a história de aposentar-se para a política. Nesta segunda-feira, ele disse que avisou aos aliados para que conduzam seus próprios projetos políticos. Isto é: que tudo seja desvinculado de uma eventual candidatura sua a qualquer cargo. Ele reafirmou que não tem pretensões de disputar as eleições em 2010. Nem mesmo levou em consideração a hipótese de ter seu nome sendo estimulado para ser candidato a vice-presidente da República, numa eventual chapa a ser encabeçada pela ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil. Essa, aliás, é a última palavra em termos de composição político-eleitoral, que circula por Brasília.

Um pouco polido ou exarcebado no comportamento ético, Maggi adota aquele discurso político já conhecido. “Neste momento, eu quero terminar o meu mandato, com toda a tranqüilidade, muito provavelmente volto para a cidade de Rondonópolis e retorno aos meus trabalhos na iniciativa privada”, disse o governador, ao participar do lançamento do programa “Mato Grosso + 20”, que prevê uma série de investimentos e metas a serem cumpridas em duas décadas.

A conversa de não ser mais candidato a nada, a rigor, não é nova. Ao ser eleito pela primeira vez, Maggi disse que faria tudo em quatro anos. Acabou candidato a reeleição e atuando politicamente de uma maneira tenaz contra seus eventuais adversários. “Pensava em dar essa contribuição com o primeiro mandato, como está tendo esse segundo estou mesmo na prorrogação”, disse, em Rondonópolis. “Não desejo seguir a carreira política”, garante Blairo Maggi. Quase que as mesmas palavras ditas quando chegou ao Governo.

Maggi garante que não está trabalhando por uma eventual candidatura em 2010. Diz até que não tem sequer idéia de onde vem sendo fomentada os comentários sobre seu futuro político. Aliás, não existe futuro político, segundo ele. A beira dos comentários sobre suas supostas articulações, no entanto, vêm de dois comportamentos: 1) Maggi passou a viver mais o Governo Federal que o próprio Governo do Estado; 2) a postura que adotou em relação ao seu vice, Silval Barbosa, ao qual vem sendo atribuído uma espécie de preparação para assumir o governo, numa eventual ida para algum ministério – o que lhe garantiria maior projeção nacional.

Quase que desligado, Maggi não menciona nem sobre eventuais sucessores políticos em Mato Grosso. Deixou claro, contudo, que ainda é muito cedo para começar a debater as conjecturas para as eleições de 2010. Para Maggi, o processo eleitoral está muito distante e esse ainda não é o momento ideal para a realização deste tipo de discussão. “Ainda tem muita água para rolar por debaixo da ponte” – resumiu.

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