A CPI da Sema, criada oficialmente ontem à noite, na Assembléia Legislativa, deve convidar e convocar oficialmente para prestar informações os representantes do Ministério Público do Estado, os delegados que atuaram na Operação Guilhotina, dirigentes dos sindicato dos trabalhadores em entidades ambientais, OAB, Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) e servidores públicos que possam contribuir com as investigações. A data de início dos depoimentos ainda não foi marcada. Nos próximos dias, a Assembléia define o presidente e o relator da CPI que é formada pelos deputados Jose Riva (PP), Dilceu Dal Bosco (DEM), Walter Rabelo (PMDB), Mauro Savi (PR) e Carlos Avalone (PSDB) integram a comissão.
Conforme Só Notícias já informou, a comissão terá 180 dias para levantar as irregularidades na Sema e apontar porque há tanta morosidade para despachar os planos de manejo florestal, por exemplo, que são indispensáveis para as indústrias madeireiras extraírem matéria prima das florestal.
Cerca de 80% dos projetos protocolados na secretaria estariam incompletos.
“A Operação Guilhotina (feita recentemente que resultou na prisão de 40 empresários, madeireiros, engenheiros e servidores) manteve seus holofotes voltados aos madeireiros, o que confere ao setor, outra vez, a condição de bode expiatório no que concerne às mazelas do segmento ambiental. Uma análise mais detida deixa clara a estranheza de que justamente o setor que mais necessita da floresta para a sua existência seja penalizado e apontado como sendo o responsável por ações que tornaram inviável o seu funcionamento”, disse Riva.
Segundo Riva, a CPI é um instrumento de apoio à resolução de problemas que afetam, inclusive a governabilidade. “Não vamos fazer da CPI um cavalo de batalha, mas não podemos permitir que uma meia dúzia pague por muitos. Apelo para a CPI por ser um instrumento revestido de legalidade que acaba contribuindo com a administração. Temos que ter uma radiografia do que está acontecendo”, explica.
Assinaram requerimento para criar a CPI os deputados José Riva (PP), Dilceu Dal Bosco (DEM), Zé Carlos do Pátio (PMDB), Zé Domingos (DEM), Mauro Savi (PR), Wallace Guimarães (DEM), Walter Rabello (PMDB), Maksuês Leite (PP), Campos Neto (PP)Carlos Avalone (PSDB) e Percival Muniz (PPS)
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