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Senado debate sobre permanência ou não de Renan na presidência

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A sessão plenária do Senado, na tarde de hoje, se converteu em debate aberto sobre a permanência ou não do presidente da Casa, Renan Calheiros, em seu cargo. O PSDB protagonizou o ataque a Renan, que preside a sessão, e peemedebistas fizeram a defesa do senador, que é investigado pelo Conselho de Ética por denúncias de que teria usado dinheiro de origem duvidosa para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha.

Renan reafirmou sua disposição de permanecer no cargo, alheio ao “apetite político de ocasião” que tenta derrubá-lo, apesar de não haver provas contra ele.

Os senadores tucanos Arthur Virgílio (AM) e Tasso Jereissati (CE) anunciaram a decisão do partido de pedir oficialmente o afastamento temporário de Renan, enquanto durarem as investigações. “[A permanência] do presidente Renan calheiros à frente da Casa e todas as trapalhadas [do Conselho de Ética], que não cabe discutir, porque todo o Brasil é testemunha, como renúncias de relatores e de presidentes, erros de condução e procedimento, tiraram a credibilidade desta Casa e jogaram por água abaixo a credibilidade de cada um de nós senadores que hoje fazemos parte da Casa, como se não quiséssemos fazer um julgamento limpo, adequado e respeitoso ao presidente Renan”, discursou Jereissati.

Valdir Raupp (RO), líder do PMDB, contra-atacou. Segundo ele, o falecido governador Mário Covas manteve-se à frente do governo de São Paulo nos anos 90 mesmo com 54 processos contra si. Já Fernando Henrique Cardoso, segundo Raupp, terminou seu governo em 2002 com 127 processos contra si e ainda “engavetou” várias CPIs no Congresso.

“Desafio quem fique mais de dez anos ou até menos em cargos do Executivo que não saia com alguma denúncia do Ministério Público, da Assembléia |Legislativa ou dos partidos de oposição. Ninguém que não tenha processo transitado e julgado deve ser considerado culpado ou alguém pode condená-lo por isso”, disse o líder peemedebista.

Cristovam Buarque, do PDT, afirmou que seu partido também tomou decisão de pedir o afastamento de Renan há algum tempo. Agripino Maia, líder do DEM, também deu apoio ao pedido tucano.

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