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Senador multado em R$1 milhão por desmate em fazenda no Nortão

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O senador Jaime Campos (DEM) está na mira do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). Ele é acusado de desmatar área florestal de proteção permanente na margem de um córrego na região de Alta Floresta. Campos deverá receber uma severa multa: no mínimo R$ 1 milhão, correspondente a pelo menos 500 hectares derrubados.

Peritos do Ibama informaram que, as análises baseadas em fotos de satélites, mostram que o senador Jaime Campos não perde tempo em desmatar áreas de proteção ambiental De acordo com a legislação ambiental, a mata ciliar é intocável, afora em situações de emergência. A acusação a Jaime será feita pelo Ministério Público (Federal ou Estadual), após relatório entregue pelo Ibama ou inquérito da Polícia Federal.

A denúncia contra o senador do DEM foi apresentada ao Ibama, na semana passada, de que o desmate ocorrera dentro de uma fazenda de Jaime, que é pecuarista. Quando os fiscais do Ibama chegaram ao local confirmaram o dano, mas não puderam fazer a autuação, pois não sabiam quanto havia sido derrubado. Por isso, tiveram de apelar a análise de fotos por satélite.

Se for comprovado que o desmate foi responsabilidade do senador mato-grossense, ele poderá ser processado penalmente — pois derrubar vegetação de proteção permanente é crime ambiental — e civilmente, para repor ao Estado o dano provocado. A pena prevista é de um a três anos de detenção ou multa.

O Ibama investigará se o senador avançou em outras áreas dentro de sua propriedade que, embora não sejam de proteção permanente, precisam de autorização para serem desmatadas. Para determinar se houve infração, o órgão precisa saber quais os limites das fazendas do senador. Para isso, Jaime entregou três escrituras de propriedades que, somadas, têm pouco mais de 7.000 hectares.

O valor é inferior à informação prévia que o Ibama tinha sobre o tamanho da área — 30 mil hectares. Funcionários do senador pediram então mais 90 dias para entregar a documentação completa.

O senador Jaime Campos negou que tenha desmatado área de proteção permanente. Tranqüilo, o político ressaltou que “as últimas árvores que derrubei lá foram em 1995, e tinha licença ambiental para isso”. Campos completou que “se por acaso, tem mata ciliar derrubada pretende repor.” Ele disse que a declaração antecipada do Ibama é uma ação “dirigida”.

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