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PMDB se reúne para reavaliar “rompimento” com Blairo

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Sem estar certo se é ou não Governo, o PMDB volta a se reunir nesta segunda-feira para tentar tomar uma posição unificada em torno do apoio ao Governo de Maggi. Posto numa situação incômoda, a convocação para a nova reunião partiu do deputado federal Carlos Bezerra, presidente do Diretório Regional. “Ele vai tentar dissuadir aqueles que insistem em permanecer em seus cargos” – revelou uma fonte partidária, ao admitir que há, de fato, uma divisão dentro do partido sobre o tema que vai além do entendimento político: a questão estaria na ascenção interna e na própria carreira.

O PMDB decidiu deixar o Governo, ou melhor, parte do PMDB decidiu “romper” com o Governo depois que o governador Blairo Maggi comunicou a sigla, sem muitos rodeios, de que não há mais cargo a serem ocupados. Líderes peemedebistas esperavam “ganhar” mais uma secretaria. Ao contrário, Maggi optou por dar mais espaço para o vice Silval Barbosa, que já “segurou” duas vezes o Governo – na primeira vez nas férias do governador e depois quando Maggi foi para os Estados Unidos. Foi pouco para um partido do tamanho do PMDB. Saiu-se então a declaração de rompimento.

Mas demorou pouco. Quem tratou de dar o tom diferente para a postura do PMDB foi o deputado Juarez Costa, que ocupa a vice-liderança do Governo na Assembléia Legislativa. Mais preocupado com o eleitorado da região Norte e em garantir espaço, ele comunicou que ficaria no cargo. “Há gente no segundo escalão também, que precisa do emprego para sobreviver e, também, ascender internamente no partido. Isso provoca a divisão” – explicou.

A questão, em verdade, é simples. Simples e histórica. O PMDB, em verdade, não conseguiu renovar suas expressivas lideranças. Carlos Bezerra, que já foi governador, senador e deputado federal, há anos “administra” o PMDB com “mão-de-ferro”. Com ele, um grupo grande que o acompanha desde os primórdios da luta contra a ditadura militar e que já foram Governo e estão, atualmente, em situação relativamente confortável. “Muitos podem bater no peito e dizer: “Estou fora do Governo” que não vai ter problema algum. Mas outros precisam buscar o seu espaço” – acentuou um bem-sucedido peemedebista ao analisar o quadro interno.

No passado chamado de “turma do holerite”, os peemedebistas que ocupam cargos no Governo já foram responsáveis por homéricos “rachas” dentro da sigla. “Por isso mesmo – acrescentou – o PMDB se fragilizou ao longo do tempo, fazendo acordos políticos, como esse mesmo com o Governo, sem a consistência filosófica que notabilizava o partido” – destacou. “Rachado”, o PMDB agora busca um projeto alternativo, qual seja, aliar-se ao PPS, antiga sigla liderada por Maggi, para derrotar o Governo nas eleições municipais.

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