A juíza Patricia Cristiane Moreira, da Comarca de Peixoto de Azevedo, concedeu hoje decisão interlocutória afastando do cargo, por tempo indeterminado, a prefeita Baiana Heller (PR), até a conclusão do processo onde são investigados indícios de desvio de recursos públicos por parte de três ex-secretários municipais, que acabaram presos e exonerados, em março. O processo na Justiça está na fase inicial. Durante o período de defesa, a prefeita ficará afastada até a juíza expedir a sentença, o que deve ocorrer, em tese, dentro de 4 meses, de acordo com uma fonte. O vice-prefeito Emenegildo Bianchi assume nesta quarta-feira à tarde.
A prefeita, conforme Só Notícias informou em primeira mão, foi notificada do afastamento por volta das 11:05hs, em seu gabinete, por um oficial de Justiça. Logo em seguida, ela reuniu-se com advogados e ainda não se pronunciou sobre a decisão. os advogados começam, nas próximas horas, preparar recurso que será impetrado no Tribunal de Justiça. Agora há pouco, um assessor dela disse que Baiana está em reunião e falará posteriormente com a imprensa.
O afastamento de Baiana foi solicitado, em abril, pelo promotor de Peixoto de Azevedo, Adriano Alves, que comandou a investigação com apoio do Gaeco resultando na prisão de Edmar Heller, Paulo Missassi e Antenor Santos que eram, respectivamente, secretários de Administração, Fazenda e Governo. No total, foram presas 11 pessoas, incluindo empresários que são investigados por terem, supostamente, sido beneficiados em processos de licitações direcionadas para fazerem obras. O promotor também descobriu duas contas, movimentada por um ex-funcionário de gráfica, onde era depositado dinheiro que o MP suspeita ter sido desviado. Nos depoimentos, o ex-funcionário Aldo Leite apontou que fazia “repasses mensais para secretários” de aproximadamente R$ 6 mil mensais.
Na prefeitura, foram encontrados cerca de 40 carimbos falsos de empresas que seriam usados para forjar licitações, além de notas frias.
Inicialmente, o promotor chegou a estimar que as fraudes passariam de R$ 2 milhões e vinham sendo praticadas desde 2005, no início da gestão de Baiana.
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