O governador Blairo Maggi anda irritado com cenas de estrelismos de alguns de seus principais assessores. Tanto que já existe até a ameaça de demissão de alguns secretários. Nos encontros desta semana, o governador voltou a avisar que quer de todos do primeiro escalão um trabalho humilde, determinado e que atenda a todos com muita cordialidade, sem querer colocar os cargos que ocupam acima do que são. “Não vou aceitar estrelismo. Querem humildade”, disse.
Um exemplo sempre usado pelo governador é Luiz Antônio Pagot, ex-secretário de Educação e que deve ser confirmado nesta próxima semana como presidente do Dnit – Departamento Nacional de Infra-estrutura Terrestre -, e que foi um de seus principais funcionários em seu grupo, a Amaggi. Segundo Maggi, um funcionário exemplar, que nunca permitiu que a vaidade subisse à cabeça e que sempre se mostrou um servidor prestativo e humilde.
A pregação governamental surgiu no momento em que um de seus secretários, nesta semana chegou a menosprezar a figura de Luiz Antônio Pagot, ao dizer em alto e bom tom que “Quem é Pagot. Ele não faz mais parte do governo. Ele não pode mais dar sugestão alguma. Eu é quem mando e faço o que quiser”. Ao saber disso, o governador se irritou e, segundo os bastidores do Paiaguas chegou a ameaçar este secretário de demissão.
E o governador demonstra que estrelismo é uma palavra que não pode existir no dicionário político. “Não preciso de afagos. Quem precisa de afagos é a população que nos elegeu, que pede obras”, disse em tom direto e articulado Blairo Maggi, que se orgulha por não se deixar levar pela pressão. “O Paiaguás não é quintal de ninguém”, costuma afirmar.
O governador Blairo Maggi (PR) conseguiu anular o “estrelismo” da maioria da classe política do Estado de Mato Grosso, com seu estilo direto e competente de articulação. O que vem incomodando muita gente é que o governador não precisa dos afagos dos “puxa-sacos” como a maior parcela dos nossos políticos precisam.
Nestes quase cinco anos de governo, Blairo Maggi mostrou que construiu sua trajetória política sozinho, sem mostrar que é uma estrela e sem querer fazer de Mato Grosso seu pequeno curral, como alguns sempre pretenderam fazer.
Dessa forma o chefe do executivo estadual ofuscou a maioria dos políticos de Mato Grosso. Por ser um empresário de sucesso, do que os restantes dos políticos não podem se gabar, Maggi carrega na bagagem o prestígio internacional e, consequentemente, os dividendos refletem em benefício do Estado.